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Atualidades / Desabafo

Nathalia Santos faz relato comovente seis meses após ser baleada: 'Dor'

A jornalista Nathalia Santos, que participou do programa Esquenta, da Rede Globo, fez um relato comovente seis meses após ser baleada

Giovanna Prisco
por Giovanna Prisco
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Publicado em 12/08/2024, às 20h57

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Nathalia Santos - Foto: Reprodução/Instagram
Nathalia Santos - Foto: Reprodução/Instagram

Nesta segunda-feira, 12, Nathalia Santos, jornalista que ficou famosa ao participar do programa Esquenta, da Rede Globo, fez um relato comovente seis meses após ser baleada. Nathalia levou um tiro no quadril durante uma tentativa de assalto que aconteceu no Rio de Janeiro durante o Carnaval deste  ano.

Em sua conta no Instagram, Nathalia comentou sobre as mudanças na sua vida após o trágico episódio. "Hoje, completam-se seis meses que fui atingida por um tiro! Seis meses do dia em que meu esposo fez uma compressão para que o sangue parasse de jorrar e foi segurando o meu rosto enquanto eu só dizia 'não quero morrer, tenho dois filhos'. Seis meses em que meu irmão lutou como um leão para que a minha cirurgia fosse adiantada, seis meses em que minha cunhada e meu outro irmão seguraram as pontas com meus dois filhos quando eu não podia estar com eles, seis meses em que os meus pais deixaram um cruzeiro na Bahia e pegaram um avião correndo para o Rio de Janeiro, seis meses em que a minha tia, que eu digo que tem uma conexão direta com Nossa Senhora, deixou o sambódromo desesperada e foi ao meu encontro", começou ela.

Em seguida, Nathalia revelou que passou por muita dor. "Duas cirurgias, muitos remédios e muita dor. Tanta dor que eu pedia, todas as noites, para arrancar minha perna e meu pé porque eu não ia aguentar viver dessa forma. Dores crônicas, dores neuropáticas, consideradas pela Clínica da Dor uma das piores dores, e eu preciso conviver com isso".

Mudanças

Nathalia também desabafou sobre as mudanças na sua vida. "Sempre tive uma vida equilibrada e fazia questão que as pessoas me vissem dessa forma, mas nos últimos seis meses, vivo em desequilíbrio e estou aprendendo a conviver com isso. Como diz minha terapeuta, eu precisarei fazer com que as pessoas entendam que não sou mais uma pessoa em equilíbrio e que isso não é ruim. Eu estou diferente, o meu corpo está diferente e a minha mente precisa aprender a conviver com isso.
Seis meses em que muitos amigos apareceram, mas poucos permaneceram e esses poucos sabem quem são. Eu precisei mudar de vida, mudar de casa (tinha acabado de me mudar para uma casa que amava), meus filhos precisaram aprender a conviver com essa nova mãe, meus esposo com essa nova mulher, meu pais com essa nova filha e os meus irmãos com essa nova irmã".

Para concluir, Nathalia afirmou que a vida continua do jeito que for. "O fato é que a vida seguiu e continua seguindo, eu já estou andando, mas ainda não sinto do joelho para baixo, pareço bem, mas estou constantemente controlando minhas dores - que são muitas -, que permanecem doendo e que não sei até quando conviverei com elas. Não estou escrevendo para que sintam pena, mas para que vejam que, mais uma vez, estou sendo resiliente, uma resiliência que nem sei da onde tiro mas que nasceu e permanece comigo! A vida segue seu rumo e eu estou seguindo com ela, aprendendo a viver dessa nova forma e tentando fazer com que as pessoas entendam que estou vivendo dessa nova forma! Continuo produtiva, proativa e todas as outras qualidades que já tinha, mas que agora estão de alguma forma diferente! Estou feliz, assim como disse na primeira entrevista que fiz no Encontro porque estou viva e com os meus filhos, minha família e com tudo mais que mereço estar, mas assim como eu dizia sobre a deficiência visual, essas dores não são o que me define, mas elas estão aqui e isso não pode ser apagado de nenhuma forma. Não posso negar que chorei e ainda choro muito, choro principalmente pensando na vida que eu teria e que não estou tendo, choro pensando nessas dores e quando elas vão passar, quando será que eu vou aprender a conviver com elas… choro porque o mercado precisa me ver bem e, se ele não me vê bem, não acredita no meu potencial. Choro por vários outros motivos mas, sempre depois do choro, vem um sorriso, uma gargalhada e um olhar atento para as coisas boas que aconteceram e que ainda estão por vir nessa nova vida", finalizou.