A jornalista Maria José Sarno estava internada há seis dias, mas não resistiu às complicações
A jornalista Maria José Sarno, que trabalhou por quase 30 anos da TV Globo, morreu aos 63 anos neste domingo, 2, após luta contra um câncer na base do crânio. A informação foi confirmada na manhã de segunda-feira, 3, em reportágem exibida no Bom Dia São Paulo.
A ex-repórter ficou internada por seis dias no Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, para cuidados paleativos, mas não resistiu. Maria deixa seu marido Jorge Taffarel, o filho Marco Aurélio e a neta Helena. O velório aconteceu nesta segunda-feira, 3, às 10h, no cemitério de Congonhas.
Conhecida como Zezé nas redações, a jornalista começou sua carreira com repórter na Globo em meados da década de 80. Mais tarde, tornou-se editora de texto e executiva da GloboNews, onde permaneceu até sua saída da emissora em 2017. Após sua saída da Rede Globo, ela passou a exercer a profissão de terapeuta após se formar em psicologia.
Sempre ativa em causas sociais, a profissional ficou conhecida principalmente por sua luta pelos direitos das mulheres. Em entrevista ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, Maria discursou sobre como sua dedicação à carreira diminuiu seu tempo ao lado do filho, Marco Aurélio.
"É preciso reunir as mulheres em torno de lutas necessárias, como ter creches para trabalhar e ter os filhos com responsabilidade de forma mais tranquila. Mas é uma luta coletiva, não só das jornalistas, que deve ser encampada também pelos homens, para creche e educação de qualidade", disse a ex-repórter.
Amigos e colegas de trabalho de Maria José usaram suas redes sociais para publicar homenagens à jornalista.
"Quando entrei na GloboNews, em 2011, ela era Maria José Sarno. Com o tempo, passei a ter o privilégio de chamá-la de Zezé, uma intimidade adquirida com os anos de convivência e um sentimento recíproco muito bom. Hoje ela nos deixou, depois de uma luta injusta contra um câncer que, aos poucos, foi roubando de Zezé a fortaleza que ela sempre transparecia. Mas não roubou a consciência e a sabedoria. No último encontro, em abril, o físico já escancarava o impacto de tantas agressões em nome da cura. Mas a cabeça continuava ativa e capaz de distribuir certeiros conselhos sobre a vida", disse Henrique Picarelli, da GloboNews.
Maria Teresa Camelo também escreveu sobre a amiga: "Como sou sortuda por ter convivido com essa mulher maravilhosa, guerreira, carinhosa, amorosa, generosa, acolhedora, amiga e parceira. Minha amiga de profissão e de vida. Minha conselheira e minha referência. Obrigada por sempre estar comigo em todos os perrengues e momentos bons. Descanse em paz. Sei que agora ocê estará ainda mais pertinho de mim", disse a produtora da GloboNews.