Em entrevista à CARAS Brasil, Luisa Mell compartilha reflexão sobre chegada aos 45 anos e desabafa sobre desafios de atuar no ativismo dos animais
O ano de 2024 tem se tornado especial para Luisa Mell, que acaba de festejar a chegada dos 46 anos. A nova idade, por exemplo, é significado de renovação para ativista dos animais, que passou por questões delicadas nos últimos anos. Em entrevista à CARAS Brasil, a famosa fala sobre como tem enfrentado os desafios da vida e garante que não se deixa mais afetar pelas cobranças de terceiros.
"Sem dúvida nenhuma, esse ano foi um ano importante, foi um ano de reconstrução da minha vida. Eu vim de anos bem difíceis, de anos bem desafiadores e esse último ano eu comecei a ser feliz de novo, a reconstruir a minha vida", desabafa a mãe de Enzo (7).
De volta com seu instituto, o qual trabalha ativamente no resgate e cuidado de animais em situação de vulnerabilidade, Luisa conta que celebrar a chegada dos 46 anos tem sido significativo. "Eu olho pra trás, tenho muito orgulho de tudo que eu conquistei, de tudo que eu fiz, mas também olho pra frente vendo que eu estou praticamente na metade da minha vida e, se Deus quiser, tenho muito a fazer ainda. Espero ainda fazer muito mais", diz.
Conhecida por sua imagem forte à frente de seu trabalho enquanto ativista, Luisa conta que, enquanto mulher, volta e meia sofre com cobranças e pressão, até mesmo por pessoas que a admira. No entanto, ela garante que não se deixa mais ser atingida pelas expectativas alheias.
"Esse é um trabalho interno que eu tenho feito muito, porque, sim, eu sempre me senti muito cobrada. Sempre permiti que as pessoas passassem dos limites comigo, parecia que eu estava sempre devendo. Não basta eu trabalhar de graça, dar parte de meus cachês. Não basta eu sair de madrugada da minha casa, viajar e enfrentar, eu estava sempre devendo para as pessoas ou para alguma expectativa, e hoje em dia eu aprendi também a colocar mais limites, estou aprendendo", declara.
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Ainda em reflexão sobre os desafios pessoais, Luisa afirma que tem colocado limites também para si mesma, na intenção de se proteger mais das críticas e ataques. "Aprendi a me respeitar mas também. Eu acho que quando você também sofre bastantes abusos, você também tem a sua parcela de culpa. Hoje eu aprendi a me colocar mais, a me respeitar mais e colocar os meus limites e também entender que eu não posso fazer tudo, não posso salvar o mundo".
"Por muitos anos eu achei que eu tinha que salvar o mundo o tempo inteiro e hoje em dia eu me perdoo mais se eu não consigo atender às expectativas das pessoas ou até às minhas próprias", afirma.
Embora enfrente algumas dificuldades, a loira garante que ainda é muito feliz com o que se propõe a fazer. No início do ano ela retornou com seu trabalho à frente do Instituto Luisa Mell, o qual tem celebrado o ótimo desempenho nos primeiros meses de atuação.
"É uma emoção muito grande poder fazer essa diferença, então eu estou muito feliz. Ter uma ONG no Brasil é difícil, é sempre desafiador, até porque os custos são imensuráveis. Porque cada animal que eu pego eu nunca sei o tanto que eu vou gastar, nunca sei o tanto de tempo que esse animal vai ficar comigo, mas também uma felicidade poder fazer a diferença. Conscientizar as pessoas é o que me dá mais felicidade nessa vida", finaliza.
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