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Atualidades / A LUTA CONTINUA

Luisa Mell está organizando equipes para continuar com resgates no RS: ‘Não podemos parar’

Em entrevista à CARAS Brasil, Luisa Mell conta que pediu ajuda de amigos para continuar com as ações no Sul, após ter que se ausentar por quebrar costelas

Thaíse Ramos
por Thaíse Ramos

Publicado em 14/05/2024, às 21h36

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Luisa Mell ficou no Rio Grande do Sul por seis dias - Reprodução/Youtube
Luisa Mell ficou no Rio Grande do Sul por seis dias - Reprodução/Youtube

Luisa Mell (45) precisou voltar para casa depois de seis dias atuando no resgate de animais no Rio Grande do Sul, que sofreu com fortes chuvas que encheram rios e lagos, inundaram cidades e deixaram rastros de destruição em todo o estado. Ela quebrou duas costelas e foi impedida de continuar com o trabalho voluntário em Canoas, uma das regiões da capital gaúcha devastadas. Em entrevista à CARAS Brasil, a apresentadora e ativista lamenta a situação e informa que pretende enviar equipes para o Sul que darão continuidade ao trabalho. “Não podemos parar”, afirma.

Bastante sensibilizada, Luisa confessa que presenciou uma das piores cenas de sua vida: "É muito triste, né? Porque, olha, já vi tanta coisa ruim nessa vida, mas nunca vi um desespero igual, nunca vi essa quantidade de animais, nunca vi essa situação, mas quando você está lá, eu pelo menos sou assim, quando estou fazendo, meu coração fica um pouco mais aliviado. Tanto que eu não parei, pois continuei resgatando com duas costelas quebradas".

"Até eu fico meio chocada. Meus amigos falaram: ‘Não sabia que você estava com dor, como você é forte’. Mas acho que a situação é tão caótica, o desespero é tão grande, o sofrimento é tão atroz, que eu não queria parar. Até que chegou uma hora que, realmente, não pude mais suportar”, emenda.

A apresentadora relata que neste dia, começou a trabalhar muito cedo e que, na madrugada do dia seguinte, viu que algo estava acontecendo de errado com ela. “Comecei às cinco da manhã e acabei quase às sete da noite. Aí, na madrugada, quase morri de dor. Nossa, foi horrível! Mas estou organizando algumas equipes já, porque é muito trabalho. Não sei quanto tempo a gente vai ter que continuar trabalhando nisso”, diz.

“O barco que eu levei ficou lá, em Canoas. Agora estou vendo, a meu pedido, o Noraldino Junior (deputado, atua na proteção animal e ao meio ambiente), que vai mandar mais dois barcos, acho que para São Leopoldo. Então, estou organizando voluntários. Tem um voluntário meu de Recife, parceiro. Estou colocando as pessoas para trabalharem, para fazerem um trabalho incrível. E é gente muito boa! Até brinquei, mas é verdade. Eles nadam melhor que eu, muito melhor do que eu. Sobem com facilidade nos telhados, sabe? Mas é tudo muito perigoso”, continua.

Mas os empecilhos não travaram Luisa: “Consegui um time de gente muito experiente com isso. Tem gente que foi do Exército, tem gente com muita bagagem, com muita força também, que é importante. E, o mais importante, obviamente, disposição para salvar os animais, para fazer a diferença, que é isso que, na verdade, move as pessoas nesses momentos tão difíceis”.

Ainda não há previsão de Luisa Mell voltar para o estado sulista. “Ia voltar (para São Paulo), para o Dia das Mães, e voltar de novo para lá, mas, infelizmente, agora não dá. Pretendo ir quando eu for liberada, porque, como estou falando, essa é só a primeira fase da tragédia, né? A gente está com milhares de animais em abrigos, superlotados. E não param de chegar mais, e mais. Só hoje, eles resgataram cerca de 200, 300 animais. Tem ideia? Tem muita gente resgatando e continua tendo muitos, muitos animais. A gente vai ter ainda essa dificuldade, né?”, destaca.

A apresentadora pretende fazer uma feira de adoção para os animais, inclusive em outros estados. “Mas temos que esperar um tempo pros donos procurá-los, né? Para fazermos, realmente, uma ação linda para todos os lados. Mas também não dá pra esperar muito, porque esses animais vão acabar (...). A situação é dramática. Então, essa primeira fase de resgate, que acabei tendo que me afastar, é só a primeira fase. A gente ainda tem que cuidar de todos esses animais”, finaliza.