Em entrevista à CARAS Brasil, Luciana Vendramini fala sobre decisão de não ter filhos e revela decisão sobre adoção
Luciana Vendramini (53) não tem filhos, mas desde que se tornou uma figura pública teve sua vida atrelada ao tema da maternidade. Segura de si, a atriz se define como uma pessoa determinada e tem opinião formada sobre cobranças para ser mãe.
"As pessoas muitas coisas, todo mundo comenta, mas eu acho que depende de cada pessoa, é um assunto unicamente pessoal para cada mulher ou para cada casal. Nós vivemos um momento, um tempo nesse planeta, nesse século 21, com tanto caos climático, com muitos problemas na política, então eu acho que a gente tem sim que pensar com muita seriedade o fato de ter um filho nesse mundo, constituir uma família, eu acho muito importante a gente pensar sobre isso", diz em entrevista à CARAS Brasil.
Empresária, Vendramini sempre soube que queria ser independente e se diferenciar de outras adolescentes da sua época. Nesta semana, ela lança uma linha de panelas em parceria com o Grupo Moncoc, batizada de Le Brunet. Os produtos contam com referências italianas e estarão disponíveis a partir de dezembro.
"No meu caso, nunca foi uma vontade louca de ser mãe, eu tinha muita vontade de ser independente, diferente. Então, desde os meus 13, 12 anos de idade, eu dizia que eu não ia ter filhos e que eu ia ser atriz e que eu ia também ser uma grande empreendedora da minha carreira, dos meus trabalhos. Mas as perguntas, a cobrança da família, minha mãe sempre pediu: 'Oi, Lu, eu quero um neto, eu quero um neto de filha que deve ser diferente'. E infelizmente, para minha mãe, ela não teve esse sonho realizado", explica.
"Eu sempre conversei com ela de uma forma muito aberta e eu acho que sempre fui respeitada mesmo por meus pais, assim. É muito importante, nesse momento que a gente está vivendo, no mundo, questionar, sim, sobre a maternidade", complementa.
Até pouco tempo atrás, Vendramini cogitava adotar uma criança. Os planos para um passo importante na vida pessoal, no entanto, mudaram. Ela revela que vive um momento diferente, o que a fez repensar sobre o tema.
"Eu já pensei muito em adotar. Até minha mãe, quando eu, meus irmãos saíram de casa, de Jaú (SP), da nossa cidade, minha mãe também pensava em adotar, porque ela sentia muita falta da gente, principalmente de filhas porque ela diz que é diferente a companhia de uma mulher, as conversas, e eu fui a primeira a sair de casa com 16 anos, e depois a minha irmã mais velha saiu também com 18 para 19 anos, e depois o meu irmão caçula saiu também para estudar, fazer faculdade. Viemos, eu e Miriam fomos para o Rio primeiro, e depois voltamos para São Paulo. É interessante isso, porque quando a gente fala em adoção, essa vontade sempre foi muito grande pra mim, e quando minha mãe começou a perguntar", conta a atriz.
"Seria uma mãe muito exigente e muito preocupada, assim como eu sou com os meus sobrinhos, que eu tenho quatro sobrinhos, filhos dos meus irmãos, de dois irmãos, e a gente é quase mãe, mas como minha cunhada fala, meu irmão fala, é muito gostoso ser tia, porque a gente faz o que quer e depois entrega. De fato, assim, eu amo ser tia, eu sou um pouco tia-mãe e adoção no momento não penso", revela.
Em até 10 anos, Luciana pretende diminuir o ritmo de trabalho. Parte da sua decisão está atrelada ao seu momento de vida atual, o que a faz refletir sobre cenários da maternidade e mudanças provocadas pela constante evolução do mundo.
"No ritmo de vida que eu tenho, que eu estou tendo nesse momento e no qual eu estou focada pelos 10 anos, eu pretendo trabalhar muito e depois desacelerar. Então, nesse momento, eu não tenho tempo de ter um filho mesmo. E ter filho é necessário, ter tempo, porque hoje eu vejo muitas crianças sendo criadas por babás, pela falta dos pais, que só chegam em casa à noite, para um beijo de boa noite. E eu acho isso muito complicado para as crianças, e entendo a posição dos pais em relação a ter que trabalhar para dar o melhor para eles, mas eu acho que tem que ter tempo sim para dedicar aos filhos", afirma.
A atriz diz ter na família inspiração nos pais e que, mesmo não sendo mãe, busca passar educação que teve para os sobrinhos. "Meus pais tiveram e a gente, nós fomos educados de uma maneira tão maravilhosa que a gente tem esse legado até hoje no nosso coração, na nossa convivência e podendo passar meus irmãos para os filhos nessa educação e eu e minha irmã para os nossos sobrinhos", conclui.
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