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Atualidades / ENTREVISTA

Estrela de musical, Aline Cunha relembra mico em cima dos palcos: ‘Engatinhei’

Em entrevista à Contigo! Novelas, a atriz Aline Cunha, que vive Maybelle em Hairspray, fala sobre carreira e relembra mico

Daniel Palomares Publicado em 28/11/2024, às 16h00

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A atriz Aline Cunha - Foto: Joaquim Araújo
A atriz Aline Cunha - Foto: Joaquim Araújo

Destaque no musical Hairspray, em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo, a atriz Aline Cunha conversou com a Contigo! Novelas sobre carreira, relação com o público e ainda revelou um mico nos palcos. Confira:

Percebeu que tinha um talento artístico…

Segundo depoimento da minha mãe, quando eu tinha 3 anos fomos a um show da dona Ivone Lara. Como estávamos próximos do palco, ela me viu cantando e dançando suas músicas e disse que ali estava nascendo uma cantora.

Cantou ou atuou profissionalmente…

A primeira vez que cantei de forma profissional foi num grupo chamado Orquestra de Boca. Euparticipei de um concurso de karaokê e um dos jurados me convidou para participar do grupo.Lá cantávamos músicas de musicais, desenvolvíamos coreografias famosas e trabalhávamos comogarçons cantores. Eu tinha em torno de 13 anos e meus pais ou algum responsável sempre estavamjuntos por eu ser menor.

Entendeu que queria mudar de profissão...

Em 2019, ganhei o KWC – Karaokê World Champions e fui campeã brasileira. Foi a primeira e porenquanto a única vez que saí do país e ainda representei o Brasil em outro continente! A partirdesse momento, entendi que a música poderia me levar para lugares aonde eu nunca havia pensadoque pudesse chegar.

Ouviu o primeiro ‘não’ profissional…

Como cantora, foi tentando participar do programa Ídolos. Como atriz, realizei um teste para ummusical e não passei, pois, apesar de ter estudado muito, na hora estava tão nervosa que esqueci todaa letra da música.

Recebeu o primeiro ‘sim’ profissional…

Na área do teatro musical, o meu primeiro ‘sim’ apareceu quando realizei uma espécie de audiçãopara o musical Se Essa Lua Fosse Minha. Cantei uma música que eu já conhecia, mas não tinhaexperiência alguma interpretando um papel. Naquele momento, recebi um voto de confiança eprometi me dedicar muito para interpretar uma personagem tão marcante [Madrinha] e deu tãocerto que a partir daquele momento comecei a adquirir confiança para passar em outras audições.

Foi abordada por um fã – para foto ou autógrafo – ou se sentiu conhecida…

Após o término de uma sessão do musical Bonnie e Clyde, alguns fãs me abordaram dizendo queamavam quando eu fazia musicais, sendo que eu tinha feito poucos, pediram que eu autografasse olivro de um outro musical e se podiam me marcar nas redes sociais.

Se apresentou para um ídolo ou alguém importante…

No último ano do ensino médio, alguns professores da minha escola inscreveram o carro do meu professor de Física no quadro Lata-velha. Para que ele recuperasse o veículo foi necessário que ele imitasse o James Brown e para ajudar selecionaram três dançarinas. Dancei bastante na frente do Luciano Huck, Fly [coreógrafo da Xuxa], e tivemos uma surpresa do Tony Tornado durante nossos ensaios. Pouco tempo depois, o James Brown faleceu e retornamos ao programa.

Pagou um mico em cena…

No musical O Rei do Rock, além de interpretar a Sister Rosetha Tharpe, cobria pequenos personagens, inclusive fãs alucinadas pelo Elvis Presley. Em um certo momento da cena, nós invadíamos o palco atrás dele e um segurança tentava nos impedir, mas eu tropecei no pé dele e caí no meio do palco, mas continuei e engatinhei até a coxia.

Se emocionou com a sua própria arte...

Não que eu não tenha me emocionado antes, mas a mais marcante foi ter visto o público se levantando para aplaudir a cena Eu Sei de Onde Eu Vim nessa montagem de Hairspray por pelo menos uns três minutos.

Se viu como Sister Rosetta Tharpe…

Senti uma responsabilidade imensa de interpretar uma mulher tão importante na história da músicae com pouquíssimas referências por causa da época, mas ao mesmo tempo muito feliz pelo convite e por descobrir que eu tinha características parecidas com as dela. Isso fez com que eu me sentissemuito forte e influente no palco.

Subiu no palco como Maybelle…

Senti que meus sonhos estavam sendo realizados, pois a Maybelle era uma das personagens que eumais sonhei em interpretar, porque Hairspray é o meu filme favorito. Isso fez aumentar muito a minha autoestima e acreditar que sou capaz de fazer qualquer coisa que eu queira.

Foi indicada a um prêmio…

Foi agora no prêmio DID, como Maybelle. Tive muitos sentimentos quando vi meu nome comoindicada entre mulheres tão sensacionais. Uma das sensações foi orgulho das minhas decisões,pois tive coragem de mudar o que eu não estava satisfeita. Ser uma atriz negra indicada em umprêmio que destaca talentos do teatro ressalta a diversidade e inclusão em todas as formas da expressão artística.

Leia na íntegra na Contigo!