Em entrevista à CARAS Brasil, Carmo Dalla Vecchia conta que recebeu conselhos antes do nascimento de seu filho e abre o jogo sobre preconceito
Carmo Dalla Vecchia (51) precisou enfrentar o preconceito contra homossexuais para realizar o sonho da paternidade, que por algum tempo não era algo que ele desejava tanto. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista disse que recebia recado de pessoas próximas alertando sobre ataques que o filho, Pedro (3), poderia sofrer na rua.
"A gente tinha receio, mas eu comecei a observar que ao longo de todo o processo, o que as pessoas vinham me falar sobre os medos que poderiam acontecer, eram muito mais, às vezes, manifestação do preconceito individual dessas pessoas que iriam me falar, do que questões que eu queria enfrentar e que fossem questões realmente importantes e preocupantes", afirma.
O ator, que é casado há mais de 15 anos com o autor de novelas João Emanuel Carneiro (53), completou dizendo que apesar de ver muitos casos de preconceito contra pais que são homossexuais, ainda não foi vítima de nenhum episódio de constrangimento.
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Para o artista, talvez os privilégios que ele carrega, como ter uma vida financeiramente estável, seja uma barreira contra essas experiências negativas. "Até hoje eu não tive questões dentro da minha estrutura com ele que foi difícil, traumático, complicado, eu não passei por isso".
"Talvez eu esteja muito protegido, tenha condições de vida que me dão conforto, que talvez ajudaram que isso não acontecesse, como uma escola boa, as pessoas ao redor, privilégio mesmo. Privilégio de poder pagar uma escola boa, de poder dar uma estrutura boa de vida para o meu filho, em que hoje isso nunca aconteceu", completa.
Em recente conversa com a CARAS, Carmo também já havia falado sobre os aprendizados que paternidade lhe trouxe. Dedicado, o artista disse que realizou um curso para conseguir lidar com a chegada de uma criança em sua vida. "Não existia uma expectativa para eu ser pai até pouco tempo atrás, então eu tive que aprender. Fui diretamente nas fontes, nos melhores profissionais que poderiam me ajudar. Médicas, vídeos, estudos, pesquisei sobre o desfralde, horas de sono e fui entrando em contato com essas educadoras", revelou.
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