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Após Sabrina Sato perder o bebê, médica sugere: ‘Respeitar o próprio tempo de recuperação’

Em entrevista à CARAS Brasil, a ginecologista Fabiane Gama explica que o aborto em mulheres acima dos 40 está relacionado a diversos fatores que aumentam com a idade

Dra. Fabiane Gama
por Dra. Fabiane Gama

Publicado em 07/11/2024, às 17h30

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Sabrina Sato perdeu o bebê que estava esperando junto com o ator Nicolas Prattes - Reprodução/Instagram
Sabrina Sato perdeu o bebê que estava esperando junto com o ator Nicolas Prattes - Reprodução/Instagram

A apresentadora Sabrina Sato (43) perdeu o bebê que estava esperando, fruto do relacionamento com o ator Nicolas Prattes (27), o Rudá de Mania de Você, novela da TV Globo. A segunda gravidez da artista, que estava na 11ª semana de gestação, foi revelada em outubro. Em entrevista à CARAS Brasil, a ginecologista Fabiane Gama explica que abortamento no primeiro trimestre em pacientes acima de 40 anos é relativamente comum e está relacionado a diversos fatores que aumentam com a idade. E sugere: "Respeitar o próprio tempo de recuperação".

De acordo com a especialista, as causas principais do abortamento incluem, entre outras, alterações genéticas e cromossômicas. “Com o avanço da idade, há maior risco de erros durante a divisão celular nos óvulos. Esses erros podem resultar em alterações cromossômicas no embrião, como trissomias (exemplo: Síndrome de Down), que muitas vezes são incompatíveis com o desenvolvimento embrionário saudável”, diz.

Tem ainda diminuição da qualidade e quantidade dos óvulos. “A reserva ovariana diminui com a idade, e os óvulos remanescentes apresentam qualidade inferior, aumentando o risco de alterações genéticas e dificuldades de implantação”, informa a médica. “Problemas Hormonais. Alterações nos níveis de progesterona e outros hormônios que regulam o ciclo menstrual e sustentam a gravidez inicial podem ocorrer com mais frequência em mulheres mais velhas, dificultando a manutenção do embrião no útero”, continua Fabiane.

E não para por aí. As causas também incluem doenças crônicas, de acordo com a ginecologista. “Condições como hipertensão, diabetes e doenças autoimunes, mais comuns em mulheres acima dos 40 anos, podem comprometer o ambiente uterino e interferir no desenvolvimento embrionário”, fala. “Alterações Anatômicas e Endometriais. Com a idade, aumentam as chances de anomalias uterinas, como miomas e pólipos, além de alterações no endométrio, dificultando a implantação embrionária e favorecendo o abortamento. E fatores imunológicos e trombofilias. Mulheres mais velhas podem ter maior predisposição a condições imunológicas e trombofílicas (propensão a formação de coágulos), que afetam a circulação para o embrião, comprometendo seu desenvolvimento”, completa a especialista.

Segundo Fabiane, esses fatores aumentam o risco de abortamento espontâneo, especialmente no primeiro trimestre, sendo que muitos abortamentos em mulheres acima de 40 anos ocorrem por uma combinação dessas causas.

“Quando um abortamento no primeiro trimestre é diagnosticado, o manejo depende do tipo de aborto (completo, incompleto, inevitável ou retido) e do estado clínico da paciente. As abordagens principais incluem expectante, medicamentos e procedimento cirúrgico. O acompanhamento médico durante o processo de abortamento é essencial para garantir a saúde e a segurança da paciente e oferecer orientação sobre cuidados futuros”, salienta.

“Para muitas mulheres, é possível retornar ao trabalho e à rotina normal em poucos dias, especialmente se o aborto ocorreu de forma natural e sem complicações. No entanto, cada situação é única, e é importante respeitar o próprio tempo de recuperação”, finaliza Fabiane.

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