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Atualidades / MEMÓRIAS

Adriane Galisteu conta que ficou em negação sobre morte de Ayrton Senna: 'Choque tão grande'

Adriane Galisteu conta que ficou em negação sobre a morte de Ayrton Senna. Veja relato da apresentadora

Paulo Henrique Lima
por Paulo Henrique Lima
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Publicado em 04/12/2024, às 21h48

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Ayrton Senna e Adriane Galisteu namoraram por mais de um ano - Foto: Reprodução/Instagram
Ayrton Senna e Adriane Galisteu namoraram por mais de um ano - Foto: Reprodução/Instagram

A apresentadora Adriane Galisteu (51) se tornou uma das principais e mais amadas personagens da série Senna, já disponível na Netflix, mesmo com tempo mínimo de tela. Atualmente no ar no comando do reality show A Fazenda 16, a estrela da Record viu o público ficar ao seu lado devido ao tratamento que sua história ao lado de Ayrton Senna (1960-1994) recebeu na produção da gigante do streaming. 

Vivida por Julia Foti (31) na temporada, ela foi a última namorada do piloto de Fórmula 1, morto em um domingo de 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino da F1, em Ímola, na Itália. O tricampeão desfrutava do auge da carreira quando a barra de direção da Williams FW16 quebrou, provocando um choque com a barreira da curva Tamburello e, consequentemente, a morte do astro horas depois do acidente, já no Hospital Maggiore, em Bolonha. 

"Foi um final de semana caótico. Não foi só a corrida que foi caótica, foi todo o final de semana, que começou no treino quando o Rubinho bateu feio. O Rubinho [Rubens Barrichello] era o menino dos olhos do Ayrton. Então, aquela batida do Rubinho mexeu profundamente com ele, e comigo também", recordou a estrela, que ficou em negação sobre a morte do automobilista, durante entrevista exclusiva ao Aventuras na História publicada em 1º de maio de 2020.

O episódio relembrado pela artista choca os admiradores do automobilismo até hoje. Então promessa do Esporte, Rubens Barrichellosofreu um grave acidente numa sexta-feira, 29 de abril daquele ano, durante os treinos para o GP de San Marino, na terceira etapa da temporada. Ele teve uma luxação numa costela e uma fratura no nariz. 

Outro grande acidente na época ficou marcado na memória de Galisteu. Durante os treinos livres para o Grande Prêmio, Roland Ratzenberger, então piloto da Simtek, bateu na curva Villeneuve. "O treino também teve o acidente do Ratzenberger, que acabou falecendo na pista. E como regra, isso é uma questão muito polêmica da época, morreu na pista, não tem mais corrida", disse. 

Galisteu acredita que se medidas tivessem sido tomadas, Ayrton estaria conosco até hoje. Ela relembrou o final de semana caótico e apontou com o cenário seria diferente, levando em consideração o histórico já criado durante os treinos. Na memórias, as lembraças sobre o triste dia ainda são latentes. 

"O fato é que o Ratzenberger, todo mundo que estava em volta, disse que ele não morreu no hospital, que ele morreu ali na pista. Então isso já ficou meio engasgado para o Ayrton, ele já estava tenso com essa questão do Rubinho e ficou ainda mais com o Ratzenberger", pontuou. 

A apresentadora assistiu ao acidente pela TV. Já acostumada com os imprevistos nas corridas, ela contou sobre sua reação inesperada e o momento em que acompanhou a batida. "Quando eu vi a corrida e vi ele batendo o carro, eu desliguei a televisão imediatamente e fui tomar banho. Pensei: 'ah, que bom. Ele vai chegar mais cedo em casa.'"

"Eu estava tão acostumada a ver aquilo acontecer que se tornou uma rotina que não me machucava mais. Não era uma coisa que me surpreendia tanto. Eu já tinha visto ele capotar em uma caixa de brita umas cinco vezes, cair de ponta cabeça, levantar e sair", relembrou. 

Enquanto o namorado disputava o Grande Prêmio, Adriane estava na casa dele, no Algarve, em Portugal. A ideia seria reencontrá-lo após os compromissos profissionais, o que infelizmente não aconteceu. "Quando eu vi aquela cena, voltando e voltando, eu falei: 'Juracy [mulher que trabalhava na casa de Ayrton], que era o nome dela, eu acho que ele quebrou a perna. Porque tá muito parado essa perna. Eu acho que ele desmaiou'", disse. 

A gravidade do acidente não tirou a esperança da apresentadora em reencontrar Ayrton Senna vivo. "Eu tentei encontrar todas as desculpas que você pode imaginar. Na minha cabeça não passa a morte em hipótese alguma. Isso, pra mim, era inconcebível."

A triste notícia veio no aeroporto, quando estava prestes a decolar com Luiza, esposa de Antônio Carlos de Almeida Braga, empresário e melhor amigo do piloto. Apreensiva, ela quis saber como estava o namorado.

'"Ele está morto'. Foi aí que eu tomei um choque muito grande. Até então, eu achava que esse tumulto de gente era por ele, mas não por… Quando ele falou, eu lembro que na mesma hora fez um silêncio na minha cabeça. Eu não sabia mais para onde eu ia, onde eu estava. Parecia que eu estava em câmera lenta. Aquilo me deu um choque tão grande", lamentou a comunicadora

Ainda sem acreditar na partida precoce de Senna, Galisteu comenta que ficou em estado de choque por três horas seguidas. A ficha caiu quando ela chegou a Sintra e novamente assistiu ao acidente. "A primeira coisa que eu fiz quando cheguei em casa foi ficar vendo esse acidente atentamente, até eu me convencer de que aquela cabeça que eu achava que era um desmaio, não era um desmaio", concluiu.   

VEJA HOMENAGEM DE ADDRIANNE GALISTEU A AYRTON SENNA:

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