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Diretor diz que 'Chiquititas' estreia com missão de manter excelente audiência de 'Carrossel'

Kellen Rodrigues Publicado em 05/04/2013, às 11h41 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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O diretor-geral de Carrossel, Reynaldo Boury, com a 'professora Helena', Rosanne Mulholland, e a autora, Íris Abravanel - Samuel Chaves/S4 Photopress
O diretor-geral de Carrossel, Reynaldo Boury, com a 'professora Helena', Rosanne Mulholland, e a autora, Íris Abravanel - Samuel Chaves/S4 Photopress

Há quase um ano, na noite de estreia de Carrossel, a escritora Iris Abravanel (63) subiu ao palco do local onde o elenco e convidados assistiram a exibição do primeiro capítulo para anunciar que a trama ocupou a vice-liderança em audiência, com média de 13 pontos. Ela ainda não sabia, mas era um prelúdio do que viria nos meses seguintes. Durante todo o ano a novela obteve média de 13, 14 pontos, segundo o SBT.

Alguns dias antes da estreia, o diretor Reynaldo Boury (81) havia dito em coletiva à imprensa que a emissora não tinha uma meta de números no ibope. “A meta é fazer bem feito”, falou na ocasião. Agora, quase um ano depois, com o fim das gravações e as atenções concentradas em Chiquititas, ele admite que o desafio é outro: manter com o novo remake o que a turma da Escola Mundial conquistou. "Agora a expectativa é o contrário. A gente espera que seja uma excelente audiência e pode ser que não seja. É um tiro no escuro que nós vamos dar em repetir um tema”, disse o diretor-geral em entrevista a CARAS Online.

Com a bagagem de mais de 50 anos de TV, ele terá sua segunda experiência com crianças. No bate-papo abaixo, o veterano diretor explica por que Carrossel foi sucesso, lista o horário como um dos fatores, e conta que foi contra a escolha do neto Guilherme Boury (29) para estrelar Chiquititas, que estreia em julho.

Confira:

- No lançamento de Carrossel o senhor falou que as gravações pareciam um hospício. Continua com essa opinião?

- Uma sala de espera de hospício, eu brinco muito com isso. Vinte crianças juntas só dá confusão, né? Organizar para você poder gravar as cenas com eles é meio complicado, as crianças são complicadas, é assim mesmo. Eu já sabia disso.

- Carrossel foi um grande fenômeno, como se explica isso?

- Realmente foi um fenômeno, nós todos do SBT não esperávamos que desse a audiência que deu e a repercussão que deu e está dando. A gente esperava bem menos e posso te garantir que está basicamente o dobro do que se esperava em matéria de audiência, de penetração nacional. Não tem criança no Brasil que não sabe o que é Carrossel. Também atingimos uma faixa de idade que não era esperada, de três, quatro, cinco anos. Esperava uma faixa etária de sete anos pra cima e até de dois anos tem criança que assiste Carrossel. Foi surpresa, e que nos garante a audiência porque tirar do canal de um adulto você tira, de uma criança você não tira porque ela não deixa.

- Mas a que se deve o sucesso?

- Juntou tudo, a fome com a vontade de comer. Foi tudo que deu certo: a escolha do elenco, o horário principalmente, oito e meia, um horário carente de programação infantil, o SBT acertou na mosca. E a qualidade que nós estamos imprimindo na novela: fotografia, imagem, os próprios atores, são todos ótimos. Eu digo sala de hospício mais pela bagunça que eles fazem, uma bagunça que não chega a comprometer.

- A maioria dos atores era inexperiente, podem ser considerados profissionais?

- Estão todos preparados para seguir em frente, com certeza. Os que têm talento vão continuar. Alguns, como o menino que faz o Cirilo (Jean Paulo Campos, 9) e a menina que faz a Maria Joaquina (Larissa Manoela, 12) já foram contratados para outras produções.

- O senhor opinou nessas contratações?

- Não precisou opinar porque com o sucesso que estão fazendo a minha opinião até seria sem sentido.

- E com relação a Chiquititas, qual é a meta?

- Agora a expectativa é o contrário. A gente espera que seja uma excelente audiência e pode ser que não seja. É um tiro no escuro que nós vamos dar em repetir um tema, o tema das crianças.

- Em Chiquititas o senhor dirige seu neto, Guilherme Boury, como está sendo trabalhar com ele?

- Honestamente, eu não queria que ele viesse por ser meu neto, para não dizerem ‘está protegendo porque é neto’, mas ele tem muito talento, viu? E não teve jeito, a dona Íris quando viu o teste dele falou ‘vai ter que ser ele’.

- Quando estreia Chiquititas?

- Estou gravando. Estreia no início de julho, acho que na primeira quinzena.

- Não tem mesmo uma meta de audiência?

- Não tem. A meta que a televisão quer é a mesma de Carrossel, tendo a mesma eles ficam felizes e eu também (risos).