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Pimenta-do-reino

Redação Publicado em 23/11/2011, às 19h07 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Pimenta-do-reino - André Ctenas
Pimenta-do-reino - André Ctenas



Originária da Índia, a pimenta-do-reino, fruto da trepadeira Piper nigrum L., tornou-se um produto tão cobiçado que seu comércio foi um principais motivos das expedições ultramarinas dos séculos XV e XVI. Hoje, cultivada em inúmeros países, é tão acessível quanto imprescindível em qualquer cozinha. Ao Brasil, a planta chegou no século XVIII, mas só começou a ser largamente produzida em 1933, quando mudas da variedade cingapura foram levadas ao Pará por imigrantes japoneses. Atualmente o País é um dos maiores produtores mundiais. A substância responsável pela ardência que a pimenta-do-reino provoca na boca é a piperina, menos potente que a capsicum, presente em pimentas como a malagueta e a dedo-de-moça, mas muito saborosa. Da planta deriva não apenas a pimentado-reino preta, mas também a branca e a verde. Para obter a preta os frutos são colhidos quando começam a amadurecer e os cachos são deixados para secar ao sol. Os grãos ficam enrugados e escuros. São vendidos inteiros ou moídos e vão bem em uma infinidade de receitas. Para a obtenção da pimenta branca, mais usada em pratos claros como peixe, consomê e molho branco, os frutos são colhidos maduros, quando têm cor que vai do amarelo ao vermelho. Dentro de sacos de algodão, são lavados em água corrente por cerca de 10 dias. A parte de fora (mesocarpo) se desprende do miolo duro (endocarpo), bem claro, que depois passa pela secagem. O mesocarpo contém açúcar e componentes aromáticos voláteis, enquanto a pungência fica no endocarpo. Por isso a pimenta branca é mais picante. A verde, por sua vez, é a mais suave. Vendida em conserva de salmoura ou vinagre e sal entra inteira em receitas de carne, principalmente.

Saúde
É bom para

Todas as pessoas que não façam dieta com restrição a pimentas, e principalmente as inapetentes, porque usada com moderação é capaz de estimular o apetite.

É ruim para
Quem tem hemorroidas, úlceras ou outros distúrbios de origem gástrica e intestinal, porque pode ter efeito irritativo sobre a mucosa e piorar os sintomas.

Ficha técnica
100 g de pimentado-reino moída contêm:
Calorias - 255
Proteínas - 10,9 g
Carboidratos - 64,8 g
Gordura - 3,27 g
Fibras - 26,2 g
Vit. A - 19,1 RE
Vit. B2 - 0,234 mg
Niacina - 1,14 mg
Cálcio - 436 mg
Cobre - 1,13 mg
Ferro - 28,9 mg
Magnésio - 194 mg
Fósforo - 173 mg
Potássio - 1259 mg
Selênio - 5 mcg
Sódio - 44,1 mg
Zinco - 1,42 mg

Como se escolhe
Qualquer supermercado vende as pimentas-do-reino preta e branca, moídas ou em grãos, e a verde, em conserva ou desidratada. Quando moída, a pimenta perde sabor e perfume, por isso é melhor adquirir os grãos inteiros e moê-los na hora de usar. Caso compre o produto já moído, prefira o que vier embalado em vidro escuro. Se optar pelos vendidos em saquinho plástico, passe depois para um vidro escuro e guarde na geladeira. Quanto à pimenta verde em conserva, os grãos devem estar íntegros e imersos em líquido (salmoura ou vinagre) límpido. Observe sempre o prazo de validade e se a embalagem está bem vedada.

Como se prepara
A pimenta-do-reino moída, branca ou preta, deve entrar no final do preparo ou já no prato servido, para melhor conservar o aroma. Se a receita não for feita para ser consumida na hora, acrescente a pimenta e ferva por mais 1 min, evitando assim o risco de contaminação. Para conseguir sabor mais intenso, triture os grãos na hora de usar. Em marinadas, use grãos inteiros. A pimentado-reino verde em conserva também deve, se a receita permitir, ser usada no final do preparo. Antes, escorra e lave os grãos. Caso prefira a versão desidratada, lembre-se de que ela é mais forte e deixe os grãos imersos em água morna por 15 min antes do uso.

Minha receita
Salmão skin (Sushi com pele de salmão crocante)
Ingredientes (para 4 unidades): 1 pedaço médio de filé de salmão com pele, 2 pitadas de sal, 1 col. (chá) de pimenta-do-reino, 4 col. (sopa) de óleo, 4 pedaços de nori, 4 col. (sopa) de shari , 1 col. (chá) de pasta de wasabi, 4 rodelas de limão, molho tarê, maionese, gergelim torrado.
Com uma faca para sashimi, corte a pele do peixe com 2 mm da carne. Tempere com o sal e a pimenta. Coloque o peixe, com a carne para baixo, numa frigideira com o óleo bem quente. Abaixe o fogo e frite dos dois lados até dourar. Retire e escorra sobre toalha de papel. Corte o peixe em pedaços de 2 cm de largura e a nori em 4 tiras de 2 x 15 cm. Modele 4 bolinhos ovais de shari, ponha sobre cada um um pouco de wasabi e um pedaço da pele frita. Envolva com nori, cubra com o limão e regue com molho tarê. Por cima, ponha um pouco de maionese e gergelim torrado.