Em entrevista à CARAS Online, Luciano, da dupla com Zezé Di Camargo, fala sobre os novos cantores revelados no programa ‘Ídolos’ e sobre o cenário atual da música brasileira
Grande sucesso em todo o país, a dupla formada por Zezé Di Camargo (47) e Luciano(38) é referência quando o assunto é música, principalmente sertaneja. Na última quarta-feira, 20, após falar sobre a qualidade vocal do irmão mais velho, o cantor Luciano falou sobre a apresentação da dupla na final do programa Ídolos. “Foi muito bom nos apresentarmos lá. Estar em um programa em que novos talentos são revelados é muito gratificante. Cantamos na final porque estávamos entre os artistas mais citados do programa, o que nos deixou muito feliz”, contou com exclusividade à CARAS Online.
Em contrapartida, Luciano não está tão animado quando o assunto é o futuro dos candidatos e teme que eles não consigam se projetar no cenário musical nacional devido à disputa entre as emissoras. “Pelo fato de o programa ser realizado em TV aberta, acho difícil outra emissora dar oportunidade para o talento revelado na Record por causa da concorrência, apesar de todos terem muito talento e merecerem viver da música. Só o programa não basta”.
O cantor, na estrada desde 1991, quando formou dupla com Zezé, também avalia a nova geração musical do Brasil, principalmente os cantores de sertanejo universitário e música teen, e explica porque os artistas que migraram para este ramo estão fazendo tanto sucesso. “O que acontece no Brasil se chama modismo. Na década de 90 houve o ‘bum’ da música sertaneja e isso está acontecendo agora com o sertanejo universitário e a música teen. A maioria das pessoas ouve essas músicas, mas, quando essa febre passar, alguns vão saber diferenciar a moda e música. Além disso, as gravadoras incentivam essa moda musical porque é rentável para eles”.
Porém, Luciano não nega que essa geração seja boa e afirma que a qualidade musical não decaiu. “Apesar da moda, esses cantores são bons. Por exemplo, os meninos da Restart: eles têm talento, sabem cantar e tocar instrumentos, são completos. A música não decaiu, só está passando por um momento em que as rádios e as pessoas gostam da mesma coisa”.