Nathalia Florentino mergulhou na vida de Esther, na série A Rainha da Pérsia, da RecordTV, e falou à Revista CARAS sobre período cheio de dúvidas
Por trás da voz calma e do olhar sereno de Nathalia Florentino (33), se esconde uma mulher forte e determinada. Não à toa, em sua estreia nas telinhas conquistou o público e a crítica ao dar vida à protagonista Esther, na trama bíblica A Rainha da Pérsia, da RecordTV. Uma personagem tão instigante quanto a atriz. “Sempre ouvi bastante o meu coração e, ao me entrelaçar com o coração de Esther, eu senti que esse é realmente o caminho. Como é valioso entender quem somos e continuar nessa busca em nossa vida, com certeza eu e Esther dividimos muito o nosso sentir nessa jornada e eu aprendi muito com ela”, avaliou a atriz, que antes de brilhar na telinha fez inúmeros trabalhos no cinema e no teatro.
Em sua trajetória, Nathalia faz do coração uma espécie de bússola. Pouco antes de ser escalada para a trama bíblica, ela estava imersa em fase de questionamentos e incertezas em relação ao seu futuro, mas deixou o amor pela atuação falar mais alto! “Eu estava em um momento difícil da minha carreira e isso levou a questionamentos muito doloridos. Até que Esther chegou para mim trazendo luz e esperança. Eu não aceitava o não conseguir. A gente tem que ter muita fé”, ensina a artista, em papo exclusivo com CARAS, no Staybridge Suite São Paulo.
Apesar de ser uma personagem bíblica e histórica, o que você e Esther têm em comum?
Acho que carregar a verdade dentro de si. Sempre fui uma pessoa muito verdadeira e passei a admirar cada dia mais essa característica ao interpretar Esther.
Quando você descobriu que queria seguir na vida artística?
Desde muito cedo. Os meus pais sempre me apresentaram filmes, músicas, então eu percebi essa paixão ainda criança. Quando eu completei uns 12 anos, consegui verbalizar pela primeira vez: quero ser atriz. A partir daí, entendi o que queria e comecei a fazer teatro.
A carreira artística é muito concorrida. Considera difícil?
Depende da escolha que você faz em como quer traçar essa jornada, mas é uma profissão que exige muito do ser, do estar, do sentir, da entrega verdadeira. Então, envolve muito estudo, paciência, dedicação, além, é claro, de todas as dificuldades que a gente encontra em nosso País para realizar esse trabalho com dignidade. O caminho é longo e extremamente apaixonante. Tem um texto do Chico de Assis que se chama O Ator, em que ele descreve a nossa profissão de um jeito que eu nunca consegui, então eu indico essa leitura.
Diante dessas dificuldades, chegou a pensar em desistir?
Esses momentos existem. É muito desafiador. Antes de viver Esther, eu estava em um momento muito difícil da minha carreira. Então, com certeza, isso tudo levou a questionamentos muito doloridos. Até que ela chegou para mim trazendo luz e esperança. Na teoria, um plano B sempre existiu. Na prática, não muito, porque eu sempre insisti na minha paixão. Eu não aceitava o não conseguir. A gente tem que ter muita fé.
Com o fim da novela, quais planos está traçando?
É um momento muito especial que estou descobrindo depois de A Rainha da Pérsia. Algumas conversas interessantes acontecendo, um movimento muito bom. Então, eu torço para que o futuro traga muita arte, aprendizado, coisas boas no caminho. Estou animada com esse novo ciclo.
Como é a Nathalia fora de cena? O que gosta de fazer quando não está atuando?
Sou uma pessoa mais tranquila e caseira. Claro que gosto muito de viajar, conhecer lugares interessantes, mas acho que o que mais me agrada é estar com a minha família, meus amigos, em uma roda com música, violão, conversa boa, risadas e curtir os momentos com quem se ama.
Se considera uma pessoa mais sonhadora ou pé no chão?
Acho que as duas coisas com a mesma intensidade, cada qual com seu momento, é claro. Mas eu sempre fui uma criança muito sonhadora, caso contrário, não teria me apaixonado pela profissão tão cedo. Eu acho lindo conseguir sonhar com os olhos abertos, sabe? É levarmos a gratidão dentro desse objetivo. E mais lindo ainda é quando fazemos isso nos lembrando das nossas raízes. Então, de certo modo, para mim, uma coisa não minimiza a outra, é importante sonhar.
Com a exposição da personagem na TV, o assédio fica maior. Como lida com a fama?
É tudo muito tranquilo. Eu ainda estou descobrindo esse novo olhar. Mas é gostoso encontrar as pessoas que assistiram à nossa série, entender que o nosso trabalho tocou o coração dessas pessoas. É algo gratificante. É o grande objetivo: passar essa mensagem de amor, fé, superação e transformação. Acho valioso todo esse contato.
Muitas pessoas enxergam a carreira artística como uma vida de glamour, mas sabemos que não é assim! Como define essa jornada nas artes?
Como disse, tudo depende do jeito que você escolhe viver essa jornada. Não tem glamour, é muito trabalho, esforço e dedicação. Você precisa se entregar, se preencher, se esvaziar. Tive sorte em conhecer pessoas maravilhosas que me ajudaram a trilhar e
contar essa história.
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