Em setembro, a Divisão da Família do Tribunal Superior decidiu que o testamento do marido da rainha Elizabeth II seria mantido secreto por 90 anos, o que interfere na lei britânica
De acordo com informações reveladas no último final de semana, 21, o testamento do marido da Rainha Elizabeth II (95), príncipe Philip (1921–2021), se tornou alvo de uma fria batalha no Reino Unido.
Meses atrás, foi revelado que o documento de seu testamento seria mantido em sigilo por 90 anos. Entretanto, a imprensa britânica decidiu recorrer da decisão.
Segundo a lei britânica, quando uma pessoa morre, seu testamento automaticamente é tornado público, a fim de garantir que a vontade do indivíduo que faleceu seja cumprida, além de evitar fraudes.
De acordo com reportagem do portal de notícias CNN, o The Guardian entrou com uma ação contra o procurador-geral e os advogados particulares da monarca, com a justificativa de que o sigilo para a imprensa fere “é uma clara ameaça aos princípios da justiça aberta”, pedindo uma reavaliação do caso.
No caso da família real, o testamento do monarca é oculto por lei, entretanto, o mesmo não é válido judicialmente para os demais membros da monarquia.
Um recente membro sênior da realeza que teve testamento tornado público recentemente foi Diana Spencer (1961–1997), a princesa de Gales, que desistiu de seu título de Sua Alteza Real quando se divorciou do príncipe Charles (73). O testamento foi revelado em 1998, ano seguinte à sua morte.
Embora o testamento não tenha sido revelado, especialistas acreditam que a maior parte do patrimônio do duque de Edimburgo provavelmente foi deixada para a mulher, a rainha Elizabeth II. Fontes do Palácio de Buckingham afirmam também que Philip não puniu o neto, o príncipe Harry (37) por abalar as estruturas da monarquia.
Após ter falecido aos 99 anos, o esposo da rainha Elizabeth II (95) teria contemplado três de seus empregados com aproximadamente R$ 224 milhões.
Segundo o jornal britânico The Sun, o generoso duque de Edimburgo deixou registrado em seu testamento o desejo de que os três dividam a quantia de 30 milhões de libras esterlinas.
"Ao contrário de alguns outros membros da realeza, Philip foi generoso com os três homens que cuidaram dele. Isso inclui seu secretário particular, brigadeiro Archie Miller Bakewell, seu pajem William Henderson e o criado pessoal Stephen Niedojadlo", contou uma fonte ao jornal.
O restante da herança de príncipe Philip foi para a mulher, que ficou com a maior parte, e os netos também foram contemplados. Príncipe Harry (36), mesmo apresentando algumas questões com a família real nos últimos tempos, também foi incluso.