COM A MÃE, MONAH DELACY, ATRIZ REVELA-SE UMA MULHER ATUAL: ENGAJADA E APAIXONADA
CARAS Digital Publicado em 08/08/2007, às 10h24 - Atualizado em 31/01/2019, às 16h56
por Ranieri Maia Rizza Aos 50 anos, Christiane Torloni se define como uma pessoa do seu tempo. Mas suas escolhas e atitudes demonstram que, na verdade, está bem à frente de sua geração. Tanto no trabalho, quanto na vida pessoal e mesmo nas questões amorosas, a atriz está sempre inovando, mas de forma natural, sem polêmicas. "Preciso apenas exercitar a arte de amar para ser uma mulher feliz", resumiu ela, que após participar diversas vezes do Festival de Gramado - Cinema Brasileiro e Latino, que este ano acontece até o dia 18 de agosto, inaugurou a 10a temporada de inverno da Villa de CARAS. Guiada por sua filosofia de vida, a atriz vive momento de total amor e dedicação à arte. Christiane aguarda a estréia de seu mais recente longa, Onde Andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado (52), ainda sem data, está na próxima novela das 7, Beleza Pura, prevista para estrear no início de 2008, e se prepara para atuar e produzir a peça A Loba de Ray-Ban. Longe dos palcos e acompanhada pela mãe, a atriz e designer de jóias Monah Delacy (77), Christiane falou ainda sobre o movimento Amazônia para Sempre - manifesto criado por ela e pelos atores Juca de Oliveira (72) e Victor Fasano (48) que visa impedir a devastação da Floresta Amazônica. E explicou porque mesmo após 12 anos de união com o diretor de TV Ignácio Coqueiro (50), preferem morar em casas separadas. "De vez em quando noivamos. Brincamos de marido e mulher em nosso sítio. É muito bom", contou a atriz, enquanto conhecia a nova decoração da Villa, localizada no loteamento Aspen Mountain. - Como é voltar a Gramado? - Não vinha há dois anos, mas já estive aqui várias vezes e inclusive concorri ao Kikito em 1987 com Besame Mucho. Aqui me atualizo com tudo que vem sendo feito em cinema no Brasil. Adoro a movimentação e reencontrar o povo do cinema. Sem falar que a paisagem da serra gaúcha é belíssima. - Você está muito ligada à natureza. O que é o movimento Amazônia Para Sempre? - A consciência tem que estar presente em todos os lugares. Todo brasileiro deveria conhecer a Amazônia. Um seringal de perto é Villa-Lobos puro. É muita beleza. Hoje já temos mais de meio milhão de assinaturas no manifesto que exige a fiscalização da Floresta Amazônica. Quero chegar a um milhão. - Você está engajada nessa causa como esteve há 20 anos na questão das Diretas Já? - Fui uma jovem percebendo a possibilidade de abertura política no meu país. O que deveria fazer? Ficar em casa 'de gostosa', fazendo as unhas e colocando cílios postiços? Ali foi um chamado. Agora também. Estava no lugar certo, na hora certa. Fui gravar a minissérie Amazônia e me deparei com as queimadas. Tinha que fazer algo em relação ao assunto. - Você sempre revela opiniões firmes. É assim também com a decisão de não dividir o mesmo teto com Ignácio? - Nossas vidas são muito preenchidas e ainda temos os nossos filhos. O Ignácio tem o Felipe, a Juliana e o Rafael e eu o Leonardo. Quando digo que sou uma pessoa do meu tempo, significa também ter tempo para quem eu amo e para estar comigo mesmo. - E existe um bom relacionamento com seus ex? - Fui casada três vezes antes do Ignácio: com Dennis Carvalho, diretor de TV, Eduardo Mascarenhas, psicanalista que morreu em 1997, e com o artista plástico Luiz Pizarro. Me dou bem porque nunca misturei trabalho e relação. Beijo em cena para mim é técnico. - E com sua mãe? -Além da minha profissão, agradeço muito à minha mãe por ter me 'apresentado' aos Beatles e à meditação trasncendental. Sou católica, até rezo bastante, mas gosto muito da filosofia budista e da meditação, que faço até hoje porque diminui a ansiedade.FOTOS:LIANE NEVES; AGRADECIMENTOS: ANDARELLA, MALHARIA LUCIRENE E MISS SCHUSTER; PRODUÇÃO: CLAUDIO LOBATO. Clique aqui para fazer um tour virtual na Villa de Caras
