Na ilha, ela fala do neto e do sucesso em sua primeira trama de Gilberto Braga
Com o passar dos anos, a paulista Rosi Campos (57) aprendeu a dizer que nada mais é velho, tudo é contemporâneo. Por isso, a atriz, que faz a Haidê de Insensato Coração, não se preocupa com a idade. “O tempo é inexorável”, afirma ela, que já é avó de Luca (4), da união do filho, Pedro (28), com a atriz Suzan Damasceno (33). “É um recomeço. Tinha esquecido como é uma delícia ter criança por perto”, derrete-se ao lembrar-se da família na Ilha de CARAS.
Com 35 anos de carreira e uma agenda cheia de compromissos profissionais, Rosi não para. Ela garante que a grande responsável por sua vitalidade e energia diária é a carreira. “É o que me move, um exercício contínuo que me dá forças. No meu trabalho, estou sempre superando o cansaço e os problemas, porque nossa função não é transmitir isso, e sim construir sonhos”, declara ela, que em agosto entra de férias da TV após o sucesso da novela global das 9. Pela primeira vez em um folhetim de Gilberto Braga (64), Rosi não podia ter estreado melhor: o autor global escreveu o papel da empregada doméstica e mãe zelosa especialmente para a atriz. “Gosto dos personagens do Gilberto porque são mais humanos”, analisa ela, que contracena com Deborah Secco (31), Ricardo Tozzi (35) e Leonardo Miggiorin (29). “Formamos uma família. Trabalhar com a Deborah, por exemplo, é maravilhoso. Ela é muito estudiosa. É legal ver que eles aprendem com a gente, mas nós também aprendemos com eles”, vibra.
Mesmo com o fim do seu trabalho na telinha, descansar não está nos planos de Rosi. Na ponte aérea para conciliar as gravações da novela e as apresentações na capital paulista da peça Cabaret Luxúria, em breve ela vai retornar a São Paulo, onde reside, para estrelar os espetáculos Morgana e a Vinda da Família Real ao Brasil, no qual voltará a interpretar seu papel de maior sucesso na TV brasileira, o da bruxa do seriado infantil Castelo Rá-Tim-Bum, que é apresentado desde 1994 pela TV Cultura, e Mãe de Miss, sobre os bastidores dos concursos de beleza no Brasil, dos anos 1950 a 70.
– A sua personagem Haidê é uma mãe muito preocupada, sempre atenta ao que os filhos fazem. Você se acha parecida com ela?
– Bastante. Pedro é meu único filho, então, para falar a verdade, era muito presente e chata com ele (risos). Me metia muito em todas as suas coisas. Mas hoje, com o meu neto, Luca, por exemplo, é diferente. A rotina é só brincadeira. Quem sabe mais tarde darei uns puxões de orelha (risos).
– Como é voltar para o teatro interpretando sua personagem de maior sucesso da TV?
– Viver a Morgana é supertranquilo, pois ela já está pronta, e também uma delícia. O espetáculo é bem rico culturalmente, enfatiza a importância dos livros.
– Tem vontade de estrelar algum projeto específico?
– Estou realizada. Acho que fiz coisas bem bacanas ao longo de toda a minha carreira. Mas atuar em cinema é sempre legal. Em setembro, vai estrear o filme Sonhos de um Sonhador – A História de Frank Aguiar, em que eu interpreto a mãe do cantor. É um roteiro muito bonito.
Veja o vídeo na TV CARAS: