Na ilha de CARAS, a atriz celebra volta à televisão
Oito anos após sair de casa em Presidente Prudente, interior de São Paulo, Talita Younan diz que valeu a pena o sacrifício de ficar longe da família. O sonho de ser atriz a impulsionou a mudar sozinha para a capital paulista e, aos poucos, conquistar o seu espaço. “Sou uma vencedora, mas a batalha é grande”, afirma. De lá para cá, já são três novelas, entre elas, Malhação: Viva a Diferença, em 2017, e a nova trama das 19h da Globo, O Tempo Não Para, com estreia em julho. “Tudo o que a gente faz com dedicação, foco e fé não tem como dar errado.”
Na Ilha de CARAS, Talita festeja o êxito profissional com um mergulho no mar. “Tenho medo, mas estava finalizando um ciclo e quis renovar as energias. Quando a gente se arrisca, muita coisa acontece. Faz bem para o corpo e para a alma”, acredita.
– Se sentiu corajosa ao mudar aos 17 anos para SP?
– Sim, fui morar sozinha. Mas já tinha um emprego quando saí de casa. Fui trabalhar na loja da filha do Roberto Justus, a Fabiana. Minha ex-chefe é amiga dela.
– E quando decidiu se dedicar somente à profissão de atriz?
– Demorou uns dois anos, foi o tempo que fiquei na loja. Ir para São Paulo foi uma das decisões mais difíceis da minha vida. A segunda foi perder a estabilidade que tinha na loja. Comecei como vendedora e virei gerente. Cuidava de uma equipe, ganhava bem, estava estabilizada. Gostava do que eu fazia. Mas ficava martelando na minha cabeça o tempo todo que não era para isso que tinha me mudado. Quero ser atriz. É o que faço desde criança. É o meu destino. Teve um dia que falei: “É agora ou nunca”. Tive que tomar uma decisão de adulta. E foi aí que começou a minha segunda batalha. Bater nas agências... Ganhar um dinheirinho ali; outro aqui. Até que começou a funcionar.
– O que mais sente falta de morar longe da família?
– Sou apegada. É uma saudade diária. Sofro muito. Falo com a minha mãe, Patricia, no mínimo quatro vezes por dia, imagina! Converso muito com a minha avó Sonia, meu avô Sebastião... Sinto falta do carinho.
– Um ‘sacrifício’ que rendeu três novelas, filme... Marca uma maturidade profissional?
– Não penso muito nisso e pretendo nunca pensar. Um passinho de cada vez. Cada conquista é uma grande vitória para mim. É tudo fruto de muito esforço e muita batalha. Trabalho todos os dias como se fosse o último. Não dá para estagnar. Foco, estudo e amor resumem cada areinha do deserto que eu conquisto.
– Em Malhação, interpretou a K1, que sofreu abuso. Foi difícil esse desafio?
– Chorei muito. Era muito texto e muitos sentimentos misturados. A minha família me ajudou bastante. A cada mensagem que recebia nas redes sociais, ligava para a minha mãe. Ela ficou desesperada, veio para cá, cuidou de mim. Fiquei muito frágil. Foi um divisor de águas na minha carreira.
– Sua vida mudou bastante nos últimos anos. O corpo também?
– Já sinto a diferença. Não cuidava. Tenho o paladar muito infantil. Amo chocolate, bolacha... Sou uma criança comendo. Comecei a perceber mudanças no meu corpinho. Estou malhando, fazendo aula de dança. Ao mesmo tempo, não abro mão de nada porque acho que a gente tem que ser feliz.
– É independente e romântica? Quer casar e ter filhos?
– Com certeza. Mas ainda não está na hora. Estou focada no trabalho. Mas, quando for casar, será de branco... Quero ter meus filhinhos, um casal. Sou bem à moda antiga.