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Thiago Martins: "Minha vida sempre foi movida a desafios"

Na Ilha, ele fala do desafio na TV e término com Paloma Bernardi

Luciana Marques Publicado em 28/06/2017, às 06h40

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Thiago Martins - Fabrizia Granatieri
Thiago Martins - Fabrizia Granatieri

Com 23 anos de carreira, Thiago Martins (28) celebra seu primeiro protagonista na TV, o garçom Júlio de Pega Pega. Mas nem mesmo esta conquista o faz esquecer das raízes, como quando jogava bola e fazia teatro no grupo Nós do Morro, na comunidade carioca do Vidigal, onde foi criado. “O menino continua o mesmo, sonhando. Trago daquela época a persistência, sede de correr atrás, batalhar para sustentar a família. Minha essência é a mesma, amigos, gostos... A diferença é que virei um homem com responsabilidades, não sou mais garoto”, ressalta ele, na Ilha de CARAS. Com a mesma cautela com que lida com a fama, o ator fala, pela primeira vez, do fim do namoro com Paloma Bernardi (31), com quem estava desde 2012. “Foram cinco anos de aprendizado e parceria”, diz. O momento agora é de dedicação ao ofício. “Meu foco é 100% no Júlio. Um personagem diferente de tudo o que já vivi, foge do padrão masculino que vinha fazendo. Ele é delicado, criado por duas tias, boa-praça, supertímido, sem muitas ambições”, explica ele, que, quando tem um tempo de sobra, apresenta o show Balanço do TG, sucesso pelo País, com samba, pagode, balanço e pop.

– Sua mãe foi doméstica, batalhou muito para criá-lo... Como é hoje poder ajudá-la?

– É um grande prazer! Realizei o sonho dela, Maria Lúcia, de sair do Vidigal. Não por nada, mas vivi a violência dentro de casa. Meu irmão, Carlos André, tomou um tiro e isso impactou muito minha mãe. Ele ficou bem, graças a Deus. É produtor, trabalha comigo e tem grande influência em minha vida. Entrei no teatro por ‘culpa’ dele.

– Como vê suas conquistas, passa um filme na cabeça?

– Na realidade, é uma história de persistência. Digo que é mais fácil chegar do que se manter. As pessoas têm ambição de fazer novela, nunca tive. Tem gente que faz uma e mais nada. Deixei a vida acontecer. O grupo Nós do Morro me ensinou, primeiro, a ser cidadão; depois, artista. Minha vida sempre foi movida a desafios e oportunidades. Não me arrependo de nada. Tudo o que fiz foi com responsabilidade, pensando na família e carreira.

– Sente que hoje é exemplo para crianças do Vidigal?

– Com certeza. O Vidigal é grande celeiro de atores. Pessoas que saíram para trabalhar fora e acabam se tornando referência. Nasceram, cresceram, viveram na comunidade e hoje estão trabalhando, correndo atrás, ajudando a família. Então, muita gente se identifica com as histórias. Sou eternamente grato. Me mudei, mas é o lugar que me fez ter responsabilidade cedo, me ensinou muito, principalmente pela simplicidade.

– Seu primeiro protagonista chegou na hora certa ou demorou muito?

– De jeito nenhum. Fiz coadjuvantes incríveis. Não me imaginava protagonizando novela. O Luiz Henrique Rios, diretor, me conhece há anos e se me deu um papel desse porte é porque acredita no meu trabalho. Vinha aprendendo muito. E com grandes professores na TV como Tony Ramos, Gloria Pires e Claudia Abreu. Agora, em Pega Pega, Nicette Bruno e Cristina Pereira. Elas são incríveis!