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Lívian fala de Renato Aragão: "É um pai moderno"

Cúmplice do pai, ela conta como o seguiu na trilha da arte

CARAS Digital Publicado em 28/01/2015, às 07h55 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Livian Aragão - Cadu Pilotto
Livian Aragão - Cadu Pilotto

Aos 5 meses de idade, quando seus dois primeiros dentinhos estavam nascendo, Lívian Aragão (15), caçula dos cinco filhos de Renato Aragão (80), estreou na área artística com uma pequena aparição no programa A Turma do Didi e em  O Trapalhão e a Luz Azul, 40º longa da carreira do pai. Mesmo mais preocupado em priorizar os estudos dela, o eterno Didi foi permitindo que Lívian se envolvesse cada vez mais em suas produções, cedendo aos pedidos da mulher, Lilian Taranto Aragão (47), com quem está casado há quase 24 anos. Assim, desde pequena, ela foi preparada para ser a nova estrela da família. Fez aulas de interpretação, dança e canto. Deixou as participações de lado e atuou para valer em filmes como O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili. Já sem a companhia do pai, deu os primeiros passos estreando em novelas, com Flor do Caribe, em 2013. Hoje, mostra o resultado de seu aprendizado no palco, interpretando o primeiro papel no teatro. Ao lado de Renato, outro neófito na ribalta, integra o elenco de Os Saltimbancos Trapalhões – O Musical, em cartaz na Cidade das Artes, no Rio. “Sempre o acompanhei, fui às gravações, aos sets, sei tudo da sua vida. E, hoje, somos dois novatos em cena, ele com 80 anos e eu com 15. É bom vê-lo renovando-se. É como se fosse uma carreira nova. Meu pai não larga mais o teatro”, destacou, mostrando-se também encantada com a experiência no palco. “É diferente estar em uma peça, cantando, dançando, atuando. Espero continuar para sempre, porque é o que eu amo”, acrescentou ela. No espetáculo, Lívian contracena ainda com seu namorado, Nicolas Prattes (17), com quem está há um ano e três meses, e a “sogra”, Giselle Prattes (35). Romântica, confessa adorar o companheirismo do amado.

– Você mal tinha nascido e seu pai dizia que seria ciumento. Foi difícil para ele aceitar o seu namoro e perceber que você não era mais a garotinha do papai?
– Sempre conversamos e ele sabe que existe uma hora em que as pessoas crescem. São etapas da vida. Achava que meu pai falava brincando que seria ciumento, mas agora acredito que seja verdade. Ele meio que se assustou com essa novidade. Mas agora não está tão ciumento. E ele e Nicolas se dão muito bem.

– Renato foi muito rígido em relação à sua educação?
– Apesar de ter 80 anos, a cabeça dele é de 40, é um pai moderno. Sempre houve diálogo entre nós e foi muito parceiro.

– Há quase um ano, a família inteira viveu um drama quando ele sofreu o enfarte…
– A gente meio que travou. A grande surpresa foi ele ter vindo com mais vontade de fazer as coisas, encarando desafios, fazendo musical de duas horas e meia. Sempre o considerei meu herói, minha referência para tudo. Essa superação dele é mais um exemplo para eu carregar durante a vida toda. Quando vejo as coisas que faz, o jeito com que sempre me educou, os vídeos de quando eu era pequena com ele... Meu pai sempre teve muito cuidado comigo. Fora isso, descobri também quem ele é um ídolo para muita gente. Isso me deixa com uma responsabilidade enorme. Caramba, sou filha desse cara!

– Você planeja enveredar também pela linha do humor?
– Não sei, para fazer humor você precisa nascer para isso, ter um dom, e não sei se é o meu caso.

– Além de seu pai em quem você mais se espelha?
– Anne Hathaway é uma atriz para eu me inspirar. Gostei dela desde que vi O Diário da Princesa, quando era bem nova.

– Por trabalhar desde bem pequena, acha que perdeu um pouco da infância?
– Não acho. Minhas amigas brincavam enquanto eu tirava foto. Mas gostava de ser fotografada. Para mim, ao mesmo tempo que é trabalho, é diversão. Minha mãe conta que, desde pequena, quando acabava qualquer trabalho, saia para brincar. Sempre soube estabelecer esse tempo de ter amigos, sair, ter o meu lazer.

– O que você mais gosta de fazer nas horas de lazer?
– Estudar. E muito. Mas também gosto de ir ao cinema, sair com amigos, ficar em casa assistindo à TV. Sou caseira.

– Namorar também?
– Mais ou menos. Nicolas é bem companheiro, mas a gente só se vê quando dá. Estou focada nos estudos, porque esses três anos que faltam para eu entrar para a faculdade vão ser um mais difícil do que o outro. Nem decidi ainda que curso quero.

– É muito vaidosa?
– Eu gosto de me cuidar. Tem gente que é vaidosa e fica chata, perde tempo com tratamentos. Eu não deixo de viver porque tenho de me cuidar. Se quiser comer um bolo hoje, vou comer e amanhã eu corro para queimar as calorias a mais.

– Ainda gosta de brincadeiras de criança ou está crescida ?
– Na verdade, estou na transição. Tem momentos que quero sair com minhas amigas, em outros quero ficar em casa brincando de boneca com a Julinha, minha sobrinha de 7 anos.

– Sonha com os 18 anos?
– Fico dividida, porque ao mesmo tempo em que poderei fazer muita coisa, também terei outras responsabilidades que não quero. Por enquanto, vou ficando no meu momentinho.