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Marcelo Serrado vai se casar em agosto e conta que já foi traído

Na Ilha de CARAS, Marcelo Serrado fala do sucesso de Crô em 'Fina Estampa' e da decisão de oficializar união

Redação Publicado em 20/03/2012, às 00h14 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h22

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Carinho que recebe do público pelo personagem - Selmy Yassuda
Carinho que recebe do público pelo personagem - Selmy Yassuda

Na reta final de Fina Estampa, que termina nesta sexta-feira, Marcelo Serrado (45) só tem motivos para festejar. O ator desfruta do auge da carreira interpretando o mordomo Crô, um dos destaques da trama, que marcou seu retorno à Globo após cinco anos na Record. “Tudo tem sua hora. Se fizesse esse personagem antes, talvez não estivesse tão preparado. Sou grato ao Wolf Maya, sempre foi querido comigo, e ao Aguinaldo Silva, por ter me dado essa chance na emissora. Me sinto acolhido. Tivemos a preocupação de fazer um personagem que fosse crível, por isso o público se identificou. Se fosse só uma alegoria, seria mais um. E não queríamos levantar bandeira nessa novela”, comemorou, na Ilha de CARAS. A felicidade profissional se estende ao campo pessoal. Em agosto, quando celebra um ano de namoro, ele se casa com a pedagoga e professora de balé Roberta Fernandes (28). “É parceira, não compete comigo, entende e respeita o meu trabalho e vice-versa. Nos unimos para viver bons momentos”, vibrou ele, em cartaz no Rio até o domingo, dia 25, com o monólogo Não Existe Mulher Difícil, que deve estrear em São Paulo no segundo semestre. Antes disso, passa em abril, de 20 a 22, por Fortaleza; reestreia no dia 27 deste mesmo mês, no Rio, onde fica até o dia 1º de julho; e passa por Vitória nos dias 7 e 8 de julho.

– Este é seu primeiro casamento oficial. Roberta mudou sua visão sobre o tema?

– É verdade, até hoje só me ‘juntei’. Nunca tive vontade de casar. Agora, quero. E vai ser ótimo. Estamos bem felizes. Revi meu conceito. Ela, também.

– Como foi a conquista?

– Tivemos o encontro. Ela é minha companheira, confidente, amiga. Nos divertimos e rimos muito. Isso é fundamental. Como é pedagoga, trabalha com criança, se dá superbem com minha filha, que vai, inclusive, ser nossa daminha na cerimônia que será realizada pelo padre Jorjão.

– Planeja ser pai novamente?

– Desejamos ter dois filhos. Criança é muito bom. Virei um artista mais completo após o nascimento da Catarina — com a atriz Rafaela Mandelli — há sete anos. Ela me trouxe mais sabedoria, calma e responsabilidade. De certa maneira, tudo está ligado para você poder ter uma harmonia completa. Não adianta chegar em casa e brigar todo dia. Vivi relações complicadas. Então, ter paz, equilíbrio, estabilidade e uma filha, que é tudo para mim, é importante para executar da melhor maneira o meu trabalho.

– O público tinha uma imagem do Marcelo galã e agora você vive um momento forte de comédia na TV e no teatro...

– Os personagens da Record foram fundamentais nesse sentido, tinham humor também, mesmo os vilões, como o de Vidas Opostas. Não dá para padronizar. Ninguém é só romântico ou só duro. Como agora, não quis fazer um homossexual estereotipado. Não significa que interpretei melhor ou pior que ninguém. Podia ter dado errado, mas felizmente deu certo e cativou um público variado. Quando vou à escola da minha filha, as crianças fazem a mãozinha do Crô. Fui a um show do Roberto Carlos e a plateia me aplaudiu. Quase chorei. É mágico o que está acontecendo hoje na minha vida; eu só tenho a agradecer.

– Atores às vezes admitem que levam o personagem para casa. Isso ocorre com você?

– Um gesto mais sutil com a mão, nada ostensivo, pode rolar. Agora, para interpretá- lo, tem todo um ritual. Faço cabelo e unha toda semana, vou me maquiar e ponho o figurino. E é engraçado, em cidades onde estive com a peça, pessoas me pediam para fazer o Crô. Falava: ‘Não, ele é só na novela.’ Aliás, o monólogo tem dado um retorno bacana. O público está ávido para ver o espetáculo, uma história de amor. Não Existe Mulher Difícil é baseado no livro do André Aguiar Marques, que Lucinho Mauro Filho adaptou. Escrevi duas cenas. Uma é a do pianista fazendo show em bar de beira de estrada. Ele chora, diz que se separou após dez anos. Foi corno e quer voltar para a ex. As pessoas riem com frases como: ‘Mulher nunca engana os homens, pratica o que aprendeu com eles.’

– Você perdoaria traição?

– Já fui corno. Todo mundo já foi. Perdoei, mas ficou uma sequelazinha. É complicado você passar por cima e continuar. O que aconteceu foi desgaste de energia. Hoje, quero uma relação fidelíssima, acredito no amor, sou um cara romântico.

Veja o vídeo da TV CARAS: