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O 'príncipe' Bernardo Mesquita amadurece

Ele revê seus conceitos no campo amoroso e comemora papel desafiador em Malhação

Redação Publicado em 21/03/2011, às 12h47

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No deck, reflexivo após o mergulho, Bernardo, que fez sucesso em filme de Xuxa, celebra sua evolução pessoal e profissional: vive um epilético em novela global. - YURI GRANEIRO
No deck, reflexivo após o mergulho, Bernardo, que fez sucesso em filme de Xuxa, celebra sua evolução pessoal e profissional: vive um epilético em novela global. - YURI GRANEIRO
Em 2009, Bernardo Mesquita (17) superou seis mil candidatos para virar o príncipe de Sasha (11) no filme Xuxa em O Mistério de Feiurinha. "Sou grato eternamente por essa oportunidade. Sei que abriu portas", ressalta ele, no ar em Malhação. A evolução profissional reflete o amadurecimento pessoal e o ator confessa ter mudado bastante seus conceitos. "Achava que era onda beijar várias meninas, trair as namoradas... Depois vi que isso não fazia de ninguém um homem de verdade", estabelece. Para chegar a essa conclusão, diz não ter precisado ouvir conselhos de alguém mais experiente, como os pais, Claudia (41) e Mario Mesquita (51), seus grandes exemplos na vida. "Para os assuntos do coração, não costumo pedir opiniões. Prefiro me virar sozinho. Vou para meu quarto, por exemplo, e fico refletindo", explica. Solteiro há mais de um ano, após relação de seis meses com a estudante Ana Paula Andrade (16), Bernardo revela que sua maior dificuldade é fazer as meninas entenderem sua profissão. "Atuar é uma grande paixão e busco alguém que esteja sempre ao meu lado apoiando minhas conquistas", assegura. - Aconteceu algo que levou você a rever sua atitude no campo amoroso? - Foi quando percebi que eu só me dava mal agindo daquela forma. No fim, acabava perdendo a pessoa que realmente gostava. Não valia a pena. Agora, sei valorizar muito mais a lealdade na relação. - Quando está interessado em uma menina, como se aproxima? - Todo homem tem seu lado galanteador, mas em determinados momentos sou até bem tímido. Fico com o receio de me aproximar e ser mal interpretado. Até por isso eu gosto bastante da troca de olha res. E realmente não me importo se a menina é quem toma a iniciativa. - Você sempre cita seus pais como os maiores companheiros. Como é o diálogo com eles? - Conversamos abertamente sobre todos os assuntos, até os que talvez sejam mais delicados, como bebida e drogas. Mas talvez seja por isso que sou tão consciente. E me orgulho de ser bem caretão nesse aspecto. Priorizo um estilo de vida saudável. Pratico surfe e todas as quartas-feiras jogo o futebol dos artistas, no Leblon. - Se não fosse ator, que profissão você seguiria? - Provavelmente, a de jogador de futebol. Era meu sonho na infância. Via meu irmão Leandro jogando e me inspirava nele. Mas depois a vida me levou para outro caminho e ele continuou. Atuou como camisa 10 do América no campeonato carioca. É o meu grande ídolo. - O Fred, seu personagem em Malhação, sofre com a epilepsia. Como é falar da doença para um público jovem? - Muito útil, mesmo porque a epilepsia ainda é pouco falada no Brasil. Tenho recebido muitos comentários de médicos e até cartas de gente relatando que sofre da doença e contando ter perdido a vergonha. Outro dia, fiquei emocionado com o elogio de um especialista da Unicamp. Ele disse que estou fazendo um retrato bastante fiel da realidade. Para mim, não há retorno melhor.