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Tarso Marques sobre início da carreira: "Passei seis meses chorando"

No Castelo de CARAS, Tarso Marques fala das boas lembranças que tem das pistas de corrida e de seu novo empreendimento: a customização de carros

Redação Publicado em 17/11/2011, às 13h40 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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No Castelo de CARAS, em Tarrytown, a 40 minutos de Manhattan, o curitibano relembra sua trajetória no universo da velocidade e exalta fase dedicada ao empreendedorismo. Elegante, ele chega ao charmoso local a bordo do potente Kia Sorento. - Victor Sokolowicz
No Castelo de CARAS, em Tarrytown, a 40 minutos de Manhattan, o curitibano relembra sua trajetória no universo da velocidade e exalta fase dedicada ao empreendedorismo. Elegante, ele chega ao charmoso local a bordo do potente Kia Sorento. - Victor Sokolowicz

Seguro de suas escolhas, Tarso Marques (35) descobriu ainda criança que seu futuro estaria atrelado à velocidade. “Pouca gente sabe, mas minha primeira corrida foi aos seis anos, quando o normal, na época, era começar aos 14 ou 15. Aos 16, disse aos meus pais que queria ser piloto, eles tentaram me convencer a desistir, achavam que era perigoso. Mas insisti. Quando viram que era mesmo o que eu queria, começaram a me apoiar, até porque não tinha muito jeito de me fazer mudar de ideia”, recorda ele, que acumula no currículo experiência na Fórmula 3000, Fórmula 1, Indy e Stock Car. Hoje, mesmo sem competir nas pistas, o curitibano não abandonou o universo das quatro rodas e dedica seu tempo à empresa de customização de carros. “Quando quero uma coisa, eu vou atrás com toda garra. Sou muito dedicado”, emenda ele, no Castelo de CARAS, em Tarrytown, onde chegou a bordo de um Kia Sorento.

Acostumado a levar uma vida agitada, Tarso afirma que vive nova fase, pautada pelo foco nos negócios. “Estou mais caseiro, mais tranquilo e sossegado. No ano passado, estava muito acelerado, pois cuidava de sete baladas, agência de marketing e restaurante, mas nada era meu foco, o que eu gostava realmente de fazer”, conta ele, solteiro há um ano. “Passei a vida namorando, agora estou dedicado aos negócios.”

– Quais seus grandes objetivos de vida?

– Gosto de correr e não consigo ficar longe, mas não tenho mais nada para tentar realizar, meu sonho era chegar à Fórmula 1 e consegui. Corri as temporadas de 1996, 1997 e 2001. Quero participar do que for bacana, uma experiência legal. Adoro meu trabalho, minha empresa, e acho que temos chance de crescer muito ainda, quem sabe até ter uma filial nos EUA. Isso está nos meus planos.

– E sua passagem pela F1?

– Tive sorte para chegar até lá, pois não tinha patrocínio. Em uma das corridas da Fórmula 3000, que era a categoria de acesso à Fómula 1, fiz a pole position, ganhei a corrida e o dono da equipe Minardi, que assistiu ao treino, me ofereceu um teste. Percebi que essa era a minha chance, se não fosse por isso, talvez nunca tivesse chegado até lá, sem dinheiro.

– Foi bem no teste?

– No dia, consegui bater o recorde da pista e, no final, recebi um contrato de cinco anos para assinar. Foi muita sorte. Na hora, liguei para o meu pai para contar. Ele não acreditou na notícia.

– Adaptou-se às mudanças?

– No começo, eu não tinha dinheiro, não falava inglês e não cozinhava. Passei seis meses chorando, sozinho. Sou muito ligado à minha família. Foi difícil.

– E se tiver um filho e ele quiser ser piloto?

– Em hipótese alguma. É um esporte caro, sofrido, não vale a pena. Tudo bem que eu faria tudo de novo, mas a pessoa precisa abrir mão de muitas coisas, lidar com a solidão, ficar longe da família, dos amigos. É engraçado, não tenho o menor prazer quando assisto a uma corrida, principalmente se tem alguém que eu conheço. Fico rezando do começo ao fim, morro de medo. Mas quando estou guiando, sou muito tranquilo.

– E o Tarso empreendedor?

– Tenho uma empresa que customiza carros. São modelos antigos, mas mantendo a linha original. Agora também trabalhamos com aviões, helicópteros e barcos. Tudo para ser bem exclusivo. Gosto muito de inventar essas coisas.

– De onde vem a inspiração?

– Sempre quis ter coisas diferentes, nada original. Pedia o projeto em uma oficina e nunca ficava como queria. Fiquei cinco anos tentando fazer um carro. Foi quando tudo começou.