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‘Amor à vida’ mostra como é a rotina de um autista. Conheça os sintomas da síndrome

Na novela “Amor à Vida”, a personagem Linda é uma adolescente autista que tem o cotidiano afetado por causa da síndrome. Conheça os principais sintomas do autismo e saiba por que o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento

Juliana Cazarine Publicado em 28/05/2013, às 16h26 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Linda, de "Amor à vida", evita manter contato com as pessoas, inclusive com a irmã. Os autistas preferem ficar sozinhos. Mas os tratamentos podem amenizar o comportamento provocado pela síndrome - TV Globo
Linda, de "Amor à vida", evita manter contato com as pessoas, inclusive com a irmã. Os autistas preferem ficar sozinhos. Mas os tratamentos podem amenizar o comportamento provocado pela síndrome - TV Globo

A novela Amor à Vida promete desempenhar um papel importante: propagar informações sobre o autismo por meio da personagem Linda, vivida por Bruna Linzmeyer. “Quase 90% da população brasileira com autismo não foi diagnosticada. Falta informação para a sociedade e para os médicos”, diz Estevão Vadasz, coordenador do projeto Autismo no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Segundo Ana Maria Mello, uma das fundadoras da Associação de Amigos do Autista (AMA), o autismo atinge, em média, um em cada 150 nascidos.

O autismo pode se manifestar até os três anos de idade e tem origem genética. O diagnóstico é complexo e os sinais da síndrome podem ser confundidos com perda de audição, hiperatividade e até cegueira. Desconfie se o bebê não responder ao seu chamado, não olhar diretamente para a pessoa com quem está falando, demonstrar desinteresse com o que acontece ao redor, praticar alguma atividade repetidamente (como assistir ao mesmo desenho) e, principalmente, não falar.

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A partir da desconfiança, é preciso ir ao médico para obter um diagnóstico e iniciar o tratamento, que ameniza o comportamento desencadeado pela síndrome. E quanto mais cedo for diagnosticado, melhor. “A partir de um ano e meio já é possível iniciar os tratamentos e o diagnóstico precoce aumenta a chance de a resposta ser positiva. Mas cada criança reage de uma maneira”, diz Vadasz.

Os tratamentos exigem dedicação da criança e da família. Tom, o garoto que protagoniza o vídeo “O autismo e o Tom”, faz terapia comportamental e ocupacional, além de tratamento com fonoaudiólogo, todos os dias, há 11 meses. “Quando descobrimos, ele já estava com dois anos e três meses e, para ser eficaz, os tratamentos precisam começar antes dos três anos de idade. Corremos muito. Mas, hoje, ele já voltou a falar, a se concentrar”, conta a mãe de Tom, a jornalista Silvia Ruiz.

Terapias complementares, com cachorros por exemplo, também são importantes. Mas raramente são cobertas pelos planos de saúde, o que leva muitos pais a recorrer a liminares para garantir o tratamento dos filhos. Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), a lei garante a cobertura mínima obrigatória em todos os planos de saúde, incluindo os procedimentos de diagnóstico e tratamento das doenças que compõem a Classificação Internacional de Doenças – CID, da qual o autismo faz parte. Mas ressalta que os contratos anteriores a 1º de janeiro de 1999 devem ser analisados caso a caso, pois podem haver cláusulas específicas e exclusões previstas no artigo 10 da Lei n.º 9.656/1998.

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