Os materiais sintéticos chegam para unir o útil ao agradável
Guilherme Ravache Publicado em 23/04/2012, às 16h33 - Atualizado em 08/10/2012, às 18h45
Os materiais sintéticos estão revolucionando o design de móveis e suas aplicações. Até recentemente, por exemplo, os sofás e cadeiras do living dificilmente poderiam ser colocados nas áreas externas. E já os objetos criados para as áreas externas eram resistentes ao sol e à chuva, mas dificilmente atrativos o suficiente para ganharem as áreas internas. Mas isso mudou. "Os novos mobiliários externos vem com cara de mobiliário interno. São sintéticos, mas tem calor e temperatura no visual", diz o arquiteto Antonio Ferreira Junior. "A espuma de secagem rápida é um dos fatores que permitiram essa mudança. Ela é macia como a tradicional, mas também resistente ao clima".
Entre paredes ou exposto às intempéries, os móveis também estão ganhando releituras que fazem referência aos anos 1960. "Esse é um dos meus períodos preferidos. Na verdade os anos 60 nunca saem de moda porque foram geniais para o design. A limpeza e a clareza que ele traz o torna atemporal, sempre funciona", conta o arquiteto.
Mas para quem busca esse tipo de peça multiuso no Brasil, Junior ressalta que ainda existe uma grande diferença entre o produto nacional e o feito na Itália. "Infelizmente ainda estamos atrás em matéria de tecnologia nesse setor. Essas peças italianas, além de resistirem à chuva, não mancham nem perdem a cor expostas ao sol. Também têm um preenchimento inigualável. Você se levanta da almofada e ela volta imediatamente à forma original, não há deformação da espuma nem do tecido e isso sem comprometer a maciez". Segundo Junior, o segredo está em sucessivas camadas de diferentes materiais usados na confecção. "Existe até um cálculo do peso da almofada para que ela fique de pé sozinha. Os italianos investiram décadas em pesquisa e desenvolvimento para chegar aqui", lembra.
