A colunista Mônica Barbosa mostra a exposição Flower Power na China
A primavera de Shanghai, na China, não foi a mesma este ano. Unindo tecnologia, design e beleza, o artista franco-mexicano Miguel Chevalier (58) projetou a espetacular exposição Flower Power, que repercutiu pelo mundo inteiro ao celebrar o encanto dessa poética estação. Para a mostra, o criativo projetou três instalações digitais e interativas diferentes, uma ainda mais bonita que a outra. Em Digital Water Lilies, Miguel incluiu algumas variedades de flores ricas em simbolismo e bons auspícios, como lírios africanos, orquídeas, camélias e flores de pessegueiro. Enquanto os visitantes passeavam pelo local, as flores apareciam e desapareciam aleatoriamente, mudando de maneira constante, florescendo e se renovando. Os sensores ali instalados percebiam a presença das pessoas e formavam trajetos de descoberta em torno da natureza recriada digitalmente com um toque impressionista. Bastante original, a ideia de Miguel ao fazer a concepção desse projeto em específico foi homenagear o pintor francês Claude Monet (1840-1926), um dos grandes mestres daquele período artístico. Já a instalação Trans-Natures transformou um túnel em um rico jardim de 360 graus de plantas exuberantes que anunciavam o renascimento da Mãe Terra e possibilitavam a imersão completa do público. Por último, o Dreamed Gardens, ao lado, fez com que duas pontes de vidro se convertessem em enormes janelas de vitrais coloridos com imagens translúcidas. Durante o dia, a luz e as cores refletiam no chão e no teto abraçando os convidados com flores por todos os lados. Esse é bem o estilo do trabalho artístico de Miguel, que há quase quatro décadas usa sua sabedoria em computação para recriar paisagens incríveis no meio do caos urbano. Uma experiência maravilhosa!