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A beleza do papelão

Mônica Barbosa Publicado em 13/11/2013, às 18h29 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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A Estante Anéis, de Nido Campolongo, é formada por diversos aros. - -
A Estante Anéis, de Nido Campolongo, é formada por diversos aros. - -

Sustentável. Versátil. Irreverente. Com baixo custo e simplicidade, o papelão tem conquistado uma legião de designers mundo afora, que usam o material para fazer os mais diversos mobiliários e peças decorativas. Quebrando paradigmas, o papel, que só aparecia na fabricação de itens temporários para eventos ou em produções artísticas, encontrou o caminho entre os extremos e passou a ser usado na decoração de residências. Muito democrático, surge tanto nos projetos de interiores como objeto de desejo, quanto nos lares que buscam alternativa para uma decoração economicamente viável. O primeiro a usar o material na criação de móveis foi o famoso arquiteto canadense Frank Gehry (84), que produziu a poltrona Easy Edges nos anos 1960. No Brasil, o maior representante no uso do papelão é o artista plástico paulistano Nido Campolongo (58). Há mais de 30 anos ele desenvolve um trabalho que vai da cenografia à arquitetura e ganhou reconhecimento internacional com a Estante Anéis. A peça, exposta em 2002 no Sesc, em São Paulo, chegou às salas de estar dos especialistas no universo do design. “Dei um uso mais utilitário a um material que antes era meramente contemplativo”, confessa o artista. Várias empresas do País já estão produzindo mesas e cadeiras de papelão com preços acessíveis. Ideais para ambientes pequenos, os belos produtos têm design moderno, são leves e aguentam até 200 quilos. O melhor é que costumam ser fáceis de transportar, pois vêm desmontados, já que a produção é feita a partir de recortes e dobraduras. Se você quer aderir ao papelão, que dá bossa a qualquer ambiente, ponha o preconceito de lado e se deixe surpreender.