“Nosso maior romantismo está nos pequenos gestos do dia a dia e ter momentos assim é delicioso, mas confesso que a falta dele é enorme” conta o ator
O tempo, sem dúvida, foi o grande responsável por refinar e estreitar os laços de amor e cumplicidade que unem o ator Carlos Bonow (41) e Keila Kerber (35). Hoje, com oito anos de sólida união, o casal ainda se surpreende com as novas experiências e sentimentos que a vida a dois pode reservar. No Castelo de CARAS, em Tarrytown, próximo a New York, o par vivenciou uma dessas descobertas afetivas. Pela primeira vez desde a chegada do herdeiro, Conrado (5), fez as malas e embarcou em uma viagem a sós. “Nós estamos em lua de mel!”, definiu Bonow, cujo olhar apaixonado para a amada se confundia com lágrimas de saudade do pequeno.
“Nosso maior romantismo está nos pequenos gestos do dia a dia e ter momentos assim é delicioso, mas confesso que a falta dele é enorme”, ponderou ele. “Eu não conhecia NY e, além de ser a primeira vez que viajamos sem ele, é a primeira vez que fazemos uma viagem internacional juntos”, completou Keila, reforçando o ineditismo do tour. Mensurar o quanto a rotina da dupla tornou-se mais doce e completa após a chegada do filho é tarefa difícil. “Ele é nosso bem maior, trouxe equilíbrio para nossa relação e nos uniu ainda mais”, afirmou o ator. “A família inverteu alguns valores que eu tinha. Agora, por exemplo, estou em um ano sabático, pois precisava ser 100% mãe, mas também não quero estagnar no trabalho”, explicou Keila, formada em Administração e, atualmente, braço direito na carreira do eleito. “Ela me ajuda bastante. É uma águia, sabe resolver as coisas. Já disse para ela investir na carreira de produtora”, destacou o artista. A dedicação e o amor que o ator tem com a família se repetem quando ao assunto é a carreira. “Tenho 20 anos de profissão e minha paixão pelo ofício é a mesma de quando comecei. A única transformação foi a maturidade e o aprendizado que conquistei com cada trabalho realizado”, afirmou Bonow, em cartaz com a peça E aí, Comeu?, e no elenco dos longas Sobrevivente Urbano — que marca sua estreia como protagonista nas telonas — e e Keila Kerber.
–Momentos a dois, são frequentes na rotina de vocês?
Bonow – Só depois que Conrado dorme! Não temos problema em passar o tempo livre com ele, é o fruto do nosso amor. Estar em família é nosso prazer.
Keila – E o bacana é que eu e Carlos pensamos assim. Não há cobranças, pois o importante é estarmos os três juntos e unidos.
– Ele transformou a relação...
Bonow – Passamos a conhecer melhor a nós mesmos, a dialogar mais, a ter mais responsabilidades. O nome disso é família.
– Querem repetir essa experiência de viajar sozinhos?
Bonow – Confesso que somos medrosos. Pensamos: Será que ele vai sofrer sem a gente? A gente até aguenta a distância, mas e ele? A verdade é que não há opção, a criança precisa passar por essas experiências para crescer, é um aprendizado. Para nós, também será um exercício bom, apesar de difícil e cheio de saudade.
– Há ciúme no casamento?
Bonow – Eu sou mais ciumento que a Keila, mas a confiança e o respeito se sobressaem. Keila – Posso até ser possessiva, mas ciumenta nunca! Se fosse, não casaria com uma pessoa com exposição pública. Nosso amor está acima de qualquer coisa, a gente tem muito respeito e confiança um no outro, somos sinceros. Ninguém é obrigado a estar junto, estamos porque nos gostamos.
– Pensam ter mais filhos?
Bonow – Penso, mas nesse caso, quem dá a opinião final é a mãe!
Keila – Sou filha única e sei que seria bacana para o Conrado ganhar um irmãozinho, mas não tenho essa vontade. As pessoas até dizem que, se eu tivesse outro, diluiria as minhas preocupações como mãe, mas não. Eu as teria em dobro.
– Com tantas preocupações, se consideram superprotetores?
Keila – Já fui mais, agora, sou na média. Hoje, tenho noção de que preciso ser mais leve e deixá-lo criar mais autonomia.
Bonow – Ele é obediente, não precisamos dar broncas e chamar a atenção
– Você diz estar mais maduro na profissão. E no lado pessoal?
Bonow – Sinto muito mais vigor depois que cheguei aos 40, pois tenho foco hoje. Se pudesse, teria 20 anos com a maturidade dos 41. Não pelos 20, mas pela longevidade que poderia ter, o tempo a mais.
– Então, sem crises de idade!
Bonow – Tive um pouco, sim. Demorei para absorver que já tinha feito 40 anos. Afinal, é a idade do “enta”: 50, 60. (risos) Mas os quarentões estão na moda, não é?
– Como mantém a boa forma?
Bonow – Faço o que gosto. Surfo e faço alguns exercícios, mas não deixo de beber minha cerveja e comer o que quero. E olha que como muito! O segredo é ser feliz.