Grávida pela segunda vez de Neymar Jr., Bruna Biancardi deve redobrar cuidados, segundo ginecologista; veja os principais riscos
Publicado em 10/04/2025, às 11h50
A influenciadora Bruna Biancardi, mãe de Mavie, filha de Neymar Jr., está esperando seu segundo bebê com o jogador. A nova gestação foi anunciada em dezembro, apenas 1 ano após o nascimento da primogênita, o que acende um alerta: será que um intervalo tão curto entre as gestações pode trazer riscos à saúde da mãe e do bebê?
A CARAS Brasil conversou com a ginecologista Fabiane Gama para entender os impactos dessa nova gestação em um espaço de tempo tão reduzido.
Segundo a médica, o corpo da mulher precisa de tempo para se recuperar totalmente após uma gestação. E quando isso não acontece, o risco de complicações aumenta significativamente. "Quando uma mulher engravida cerca de um ano após o parto, ela corre mais riscos porque o corpo pode não ter se recuperado totalmente", alerta a ginecologista.
A especialista cita alguns dos riscos: "Os principais riscos ginecológicos e obstétricos são: parto prematuro, descolamento prematuro da placenta e problemas de implantação placentária, restrição de crescimento fetal, rotura uterina, anemia, infecções e complicações gerais."
A resposta é: nem sempre. O útero e o assoalho pélvico podem não estar totalmente fortalecidos, o que pode gerar consequências delicadas.
"Com pouco tempo entre partos, o útero e o assoalho pélvico podem não ter se recuperado totalmente. Isso aumenta o risco de fragilidade uterina, levando a problemas como ruptura ou má implantação da placenta, fraqueza do assoalho pélvico, favorecendo incontinência urinária e prolapsos e maior risco de infecções e sangramentos", explica Fabiane.
A médica destaca que gestações com curto intervalo estão associadas a um risco maior de complicações como placenta prévia, descolamento prematuro da placenta e até parto prematuro. "Sim, gestações com intervalo muito curto aumentam o risco de complicações obstétricas como comentado nas questões acima", diz.
Em situações como essa, o acompanhamento precisa ser mais rigoroso desde o início da gestação. "Em uma segunda gestação com intervalo curto, é recomendado um pré-natal precoce e rigoroso, começando assim que a gravidez for confirmada. Com consultas mais frequentes, principalmente no final da gestação, ultrassonografias seriadas para avaliar o crescimento fetal e a posição/aderência da placenta, avaliação da cicatriz uterina (se houve cesárea) para prevenir risco de rotura, monitoramento de anemia e reposição de ferro e orientações sobre fortalecimento do assoalho pélvico. O objetivo é detectar precocemente qualquer complicação e garantir uma gestação segura", destaca.
Apesar de geralmente ser seguro, exige cuidados extras. A sobrecarga física e nutricional na mãe pode ser grande.
"Amamentar durante a nova gestação geralmente é seguro, mas exige atenção especial. Pode causar contrações leves (por liberação de ocitocina), aumentar a demanda nutricional da mãe e causar sensibilidade mamária. Se a gestação for de alto risco (como ameaça de parto prematuro), pode ser necessário reavaliar", pontua Fabiane.
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A resposta depende do histórico obstétrico da mulher. "Com intervalo curto entre gestações, se houve cesárea anterior, geralmente se indica cesárea eletiva para reduzir o risco de rotura uterina. Se o primeiro parto foi vaginal, o parto normal pode ser incentivado, mas sempre com avaliação cuidadosa", afirma a ginecologista.
O puerpério exige atenção redobrada. É o momento de garantir que o corpo se recupere adequadamente. "Após uma segunda gestação com intervalo curto, a mulher precisa de cuidados redobrados no puerpério. É importante monitorar a recuperação do útero e da cicatriz, fortalecer o assoalho pélvico com exercícios, repor nutrientes (como ferro), adotar um método contraceptivo eficaz e manter acompanhamento ginecológico regular. O objetivo é garantir uma recuperação completa e proteger a saúde a longo prazo", conclui.
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