Maíra Cardi revela que a filha foi diagnosticada com Transtorno de Processamento Sensorial. Entenda o que é e como é o tratamento
A coach Maíra Cardi revelou que sua filha, Sophia, de 6 anos - fruto do relacionamento com Arthur Aguiar -, foi diagnosticada com Transtorno de Processamento Sensorial por causa da hipersensibilidade sensorial. Com isso, as curiosidades sobre o diagnóstico vieram à tona.
A médica neuropsicóloga Dra. Andréa Ladislau contou ao Portal Leo Dias sobre os detalhes da condição. “Esse transtorno refere-se, exatamente, a uma condição clínica neurológica em que o cérebro apresenta sensibilidade exagerada com questões sensoriais que, para uma pessoa que não possui a TPS seria normal”, disse ela.
Então, a doutora contou quais são os sintomas do transtorno. “Essa potencialização de sensações desagradáveis dificultam o dia a dia do paciente e podem até causar um isolamento social, pois a percepção sensorial é intensificada ao extremo. A TPS traz na bagagem sintomas como seletividade alimentar, dificuldade de adaptação e aceitação de mudanças, falta de foco, aversão a toques, coordenação motora reduzida em alguns casos e reações emocionais extremas”, afirmou.
O tratamento é feito por meio de acompanhamento com neurologista, psicólogo, neuropsicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. “Estes profissionais vão desenvolver práticas terapêuticas, personalizadas, para reduzir os sintomas e amenizar todos os desconfortos sensoriais apresentados pelo paciente”, declarou.
Em um vídeo no TikTok, Maíra Cardi explicou que a filha tem hipersensibilidade sensorial desde que era bebê. Porém, ela disse que achava que era apenas birra de criança e não sabia que podia ser uma condição da genética da criança. Agora, ela está mais atenta aos sinais e vai levar a filha para iniciar o tratamento.
"Em resumo, o cérebro age da maneira diferente das outras pessoas porque a percepção sensorial é diferente. É como se os sentidos dela fossem aguçados, o tato, a audição, da visão, cheiro”, disse ela, e completou: "Eu achava que era uma frescura. Mas, agora, descobrindo que é um transtorno, uma hipersensibilidade sensorial, muda completamente. Porque muda minha abordagem com ela, minha paciência, muda o tratamento que ela vai iniciar agora. E inclusive eu não forçar ela a alguma coisa que não posso forçar. Se você força a sua criança, você pode causar um dano muito maior”.
“A Sophia tem hipersensibilidade sensorial, que é fragmento dentro disso, é o que a gente mapeou até agora. Ela nasceu com a hipersensibilidade auditiva. Quando ela era bebê, ela tinha muita dificuldade para dormir de dia, e começou a arrancar os cabelos da cabeça, de tanto nervoso por não conseguir dormir. Sophia acordava 10 vezes durante a noite, e de dia ela não dormia. A gente isolou todo quarto dela de barulho, de luz, de tudo, e colocava uma música de dormir. O quarto dela, eu mandei fazer acústico, como se fosse um estúdio de música, e o breu da escuridão”, disse ela.
Então, a menina foi crescendo e apresentando outros tipos de sensibilidade. "Mais para a frente, ela começou a ter um problema na pele, emocional, que começou a ficar branca, eu fui na médica e a pele dela precisava ser bastante hidratada. Ela não me deixa passar o creme, ela chora muito, grita, ela tem agonia. Eu achava que era birra. Eu já comecei a notar que tinha alguma coisa estranha. Outro dia eu cheguei em casa e ela estava chorando porque tinha lavado a mão, mas estava agoniada. E é um choro desequilibrado. Eu notei que aquilo ali não era normal”, afirmou.
O terceiro sinal que ela apresentou foi sobre a textura das roupas e cheiros. "Outra coisa: roupa. Ela não usa todas as roupas. Às vezes ela gosta da roupa, mas a textura faz com que ela não fique com a roupa. Ela tem a angústia com a roupa. Eu fui pesquisar o que era. Sophia é muito agoniada com cheiro”, finalizou.