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Leidy Elin revela luta contra depressão; entenda como ataques nas redes afetam mais pessoas negras

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Leticia de Oliveira fala do impacto da rejeição em Leidy Elin e alerta para saúde mental de pessoas negras

Leticia de Oliveira e Felipe França
por Leticia de Oliveira e Felipe França

Publicado em 04/09/2024, às 16h17

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Leidy Elin revela que luta contra depressão após ataques nas redes sociais - Reprodução/Instagram
Leidy Elin revela que luta contra depressão após ataques nas redes sociais - Reprodução/Instagram

Ex-participante do BBB 24Leidy Elin (27) fez um forte desabafo a respeito dos ataques que recebeu depois que encerrou sua trajetória na casa mais vigiada do país. Inclusive, ela vem lutando contra depressão por conta de tantos comentários negativos e racistas. Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Leticia de Oliveira explica como ataques raciais nas redes sociais afetam a saúde mental de pessoas negras. 

A especialista reforça que o nosso emocional, enquanto indivíduos, tem muita dificuldade de lidar com rejeição. De uma forma instintiva, o ser humano luta pela sobrevivência e ela depende de uma aprovação e aceitação dos outros.

Leticia de Oliveira explica que as redes sociais potencializaram esse sentimento de rejeição: "Diante de tantos cancelamentos, a gente consegue ver pessoas que não tiveram mais rede social, pessoas que se isolaram, e pessoas até que acabaram cometendo suicídio".

"Então, da mesma maneira que quando vem um elogio, de uma forma muito intensa, isso é difícil de ser processado, porque um milhão de pessoas dizendo que você é demais, para a gente é algo que não é nem muito alcançável", revela.

A especialista menciona que acaba sendo ainda mais difícil para as pessoas negras lidarem com esse tipo de exposição e, consequentemente, com a rejeição. Sem contar os ataques de cunho racial que recebem nas redes sociais. 

"Os negros já têm uma história de sofrimento, eles já têm uma história de exposição, de retaliação, de ridicularização, então já existe aí um fenômeno histórico aonde eles já se sentem mais expostos do que as pessoas brancas, por exemplo. Então, a sensibilidade, talvez a tolerância à dor, à rejeição seja ainda menor", declara. 

"Muitas pessoas que já passaram pela dor da rejeição acabam se desenvolvendo uma habilidade maior para lidar com a rejeição, mas no geral são pessoas mais feridas, mais machucadas, que vivem com a dor da rejeição muito mais a flor da pele. Então, acaba sendo ainda mais difícil para as pessoas negras lidar com esse tipo de exposição e, consequentemente, com esse tipo de rejeição", finaliza.

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