Xuxa estampou capa da revista CARAS vestida de drag queen para destacar sua admiração e respeito pela comunidade LGBTQIA+
A apresentadora Xuxa Meneghel (60) é dona de um legião de fãs e boa parte dele vem da comunidade LGBTQIA+, população a qual ela sempre teve grande carinho e respeito. Em 2020, por exemplo, ela chegou a estampar uma capa da Revista CARAS montada de drag queen.
Na época, a artista acabava de lançar um livro com a temática LGBTQIA+. Intitulado Maya: Bebê Arco-íris, uma história baseada na afilhada, que tem duas mães. Empolgada com o novo momento, a loira decidiu se inspirar nos fãs para celebrar os 27 anos da revista.
"Fiquei muito emocionada por estar entrando nesse mundo tão forte, com tantas histórias pra contar. É como se eu estivesse vivendo uma personagem por uns minutos, mas a realidade está longe de ser só glamour. Você não precisa ser gay pra ser contra a homofobia. Quando a gente cala, aceita, e eu não aceito desrespeito", disse ela.
Nos últimos anos, a apresentadora realizou uma turnê especial para relembrar seus tempos de cantora. Em seus shows, quase todos com ingressos lotados, Xuxa encontrou um público majoritariamente composto por homens gays e isso acabou gerando críticas a sua decisão.
Segundo a apresentadora, algumas pessoas não gostaram de vê-la se associando a comunidade. "Nunca me afastei do público LGBTQIA+. Quando fiz o show XuChá, vi que algumas pessoas não aceitaram muito a ideia, já que eu sempre trabalhei pra criança, e isso mexeu comigo", contou.
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"Ver pessoas que trabalhavam comigo (graças a Deus não mais!) dizendo que eu não deveria fazer... Quando fiz o show, vi que empresas ficaram receosas em colocar o nome delas nesse tipo de evento, ou seja, existe uma discriminação que eu não via antes. Comecei a comentar e ouvi coisas absurdas, como: 'Eles são legais, mas não quero o nome da minha empresa vinculada a eles'", declarou.
A eterna rainha dos baixinhos ainda aproveitou o momento para refletir sobre privilégios e confessou que por muito tempo ficou 'cega' quando a questões discriminatórias que aconteciam na sociedade.
"Na real, eu não tinha noção que o preconceito sempre existiu e achei que se eu me enrolasse e não apenas levantasse e abraçasse a bandeira gay seria mais uma possibilidade de dar voz e força a eles, que sempre foram esmagados por muitos e nós não percebemos, pois estamos preocupados demais com nossas vidas", assumiu.
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