Em entrevista à CARAS Brasil, o médico Thales Bretas fala com emoção sobre ser pai solo e do quanto se orgulha dos filhos Gael e Romeu
O médico dermatologista Thales Bretas (36) vai comemorar mais um Dia dos Pais neste domingo, 11, ao lado dos gêmeos Gael e Romeu, de 4 anos, frutos do casamento com o humorista Paulo Gustavo (1978-2021). Em entrevista à CARAS Brasil, ele fala sobre a experiência da paternidade solo e da emoção de acompanhar o crescimento dos filhos. "Orgulho do pai imperfeito que sou", confessa.
Thales revela o quanto se sente feliz em ver que os meninos estão crescendo e se tornando pessoas de bom coração. “Hoje, o meu maior prazer é ver os meus filhos felizes, se transformando em duas pessoas de bem. Sendo pai solo, e tendo o privilégio de poder cuidar da minha agenda, me preocupo em adequá-la aos horários deles, reservando momentos inegociáveis como café da manhã, ida pra escola e o fim do dia, momento de deitar na maior parte dos dias”, diz.
“Não quero ser o pai herói perfeito, quero ser justamente um ser humano como eles, em construção conjunta, que erra tentando acertar, mas reconhece seus erros, se desculpa e se concentra em acertar nas próximas oportunidades. Acho que, no geral, estou desempenhando um bom papel, e apesar das dificuldades de ser um pai solo de dois, tenho orgulho do pai imperfeito que sou. Hoje me sinto menos egoísta, estou em terceiro lugar na minha lista de prioridades”, acrescenta.
Thales conta também como pretende comemorar o Dia dos Pais. “Tanto eu quanto eles, amamos a vida ao ar livre, conhecer o mundo e as belezas da natureza. Eu gosto muito de pedalar, e estou tendo a alegria de ensiná-los a andar de bike e curtir esse hobby comigo. Quero passar com eles e os avós que puderem estar juntos e comemorar essa construção da família”, finaliza.
'NEM O TEMPO CURA'
Em maio deste ano, Thales Bretas usou as redes sociais para falar sobre os três anos sem Paulo Gustavo, que morreu em 4 de maio de 2021, em decorrência de complicações da Covid-19. "04/05. Ainda que eu tente não me incomodar tanto com essa data, uma melancolia me arrebata antes, durante e depois dela. Embora eu não fale muito publicamente sobre o luto, ele mora dentro de mim, quer eu queira quer não. Ninguém quer. Mas o fato é que eu aprendi ao longo desses três anos, é que ele está e estará sempre aqui. Esse agora sou eu", começou.
O médico disse que a morte de Paulo não foi superada. "Me transformou pra sempre, como um nascimento. Enquanto o nascimento é a promessa de um novo mundo que se revela aos poucos, a morte é a certeza de que um mundo acabou abrupta e definitivamente. Pessoas me perguntam como consegui “superar” ou seguir após tamanha perda. E a verdade é que não se supera. Nem o tempo cura. Ele te mostra a necessidade de se reencontrar nessa ausência. Na saudade. Na adaptação dos planos. É fato que, pra quem fica, a vida continua", prosseguiu.
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