Conhecido por viver Cabeção em Malhação, Sérgio Hondjakoff deixou reabilitação há pouco tempo
Durante sua participação no podcast Papagaio Falante, o ator Sérgio Hondjakoff (38), que ficou famoso por interpretar o personagem Cabeção, em Malhação, revelou que o ambiente da produção foi uma das principais causas e influências negativas que o fizeram cair no vício em drogas. Segundo o artista, ele só experimentou substâncias ilícitas por conta da necessidade de se encaixar socialmente.
“Foi por uma questão de inclusão social. Tinha um amigo que já tinha experimentado maconha, se dava bem com as garotas, e acabei me inspirando nele e experimentando também”, contou o ator. Sérgio ainda revelou que usou drogas pela primeira vez quando tinha apenas 14 anos de idade, ainda na escola.
“No começo, até tive algumas vantagens. Comecei a enxergar as coisas de uma perspectiva diferente, fora da caixa. Passei a questionar alguns dos meus sofrimentos na época, mas aí comecei a usar em excesso. Em vez de ter apenas experiências pontuais, acabei usando constantemente”, continuou.
Sérgio aproveitou também para admitir que, durante seu primeiro ano na novela, tentou controlar o consumo de drogas, porém, não queria ficar preso ao personagem Cabeção, afundando ainda mais. “Comecei a gravar Malhação. Durante a manhã, eu ia para a escola e não usava drogas, só fumava à noite”, afirmou.
“No último ano de Malhação, eu estava relaxado, frequentando festas demais, sem interesse em interpretar aquele personagem que já era meio infantil, lúdico. Eu queria papéis mais sérios, durões, traficantes armados. E aí eu comecei a escorregar”, assumiu o ator. “Nos primeiros anos, eu mantinha tudo em segredo, era um jovem que fumava quando chegava em casa. Lá no trabalho, eu não me abria com ninguém, não conversava com ninguém, era muito recluso. No segundo ano de Malhação, começaram a surgir pessoas mais descoladas e eu comecei a me abrir um pouco mais, e aí tudo começou”, explicou.
“Cheguei até o crack, infelizmente. Nunca tive grandes perdas financeiras devido ao uso, mas perdi muitas oportunidades profissionais, amizades, relacionamentos e quase perdi minha própria vida. Não há quantidade segura para o uso desse tipo de substância, qualquer quantidade pode levar à morte”, finalizou Sérgio Hondjakoff, que recentemente deixou a clínica de reabilitação, após 10 meses internado.
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