A jornalista Patricia Maldonado desabafou sobre o acidente que vitimou sua mãe em fevereiro deste ano
Patricia Maldonado (47) participou do programa Melhor da Tarde, comandado por Catia Fonseca na Band, nesta quinta-feira, 25, e não segurou o choro ao falar sobre o acidente de trânsito que matou sua mãe, Florinda Maldonado, em fevereiro deste ano na cidade de Valinhos, em São Paulo.
A jornalista voltou a falar sobre o descaso das autoridades com a investigação do caso, e mostrou sua indignação ao falar sobre o motorista que causou o acidente ter fugido do local sem prestar atendimento as vítimas. Além da mãe de Maldonado, o pai da apresentadora também estava no veículo, e sofreu alguns ferimentos.
"A pessoa que bateu não se dignou a ir na porta do meu pai, ver o que ele poderia fazer, chamar ajuda. Ele fazia várias ultrapassagens, testemunhas disseram, e pegou meu pai na contramão. É tão bizarro pensar que uma pessoa dessa transformou um carro numa arma, porque é quando a gente passa no sinal vermelho ou anda numa velocidade muito acima da permitida", desabafou.
Patricia seguiu falando sobre a "falta de interesse" dos investigadores. "Não teve nem perícia no velocímetro, o carro foi liberado. Eu tenho outras perguntas também que ainda não foram respondidas. Tinha uma câmera de segurança de um condomínio que ficava quase em frente ao local do acidente. No dia do acidente, chamaram meu irmão na delegacia pra ver as imagens. Qualquer pessoa que tivesse feito uma aula de física na vida, sabe que com aquela imagem você vê a distância percorrida pra calcular a velocidade. Disseram que quando foram pedir oficialmente no condomínio, as imagens já tinham sido apagadas", revelou.
Ela não deu detalhes sobre a causa da morte de sua mãe, no entanto, contou que seu pai pai sofreu uma lesão na bacia e está com sequelas. "Meu pai tem dificuldade pra andar até hoje, seis meses depois do acidente, ele tem dificuldade pra ficar em pé durante muito tempo. Ele não consegue percorrer longas distâncias, tudo tem que ser com o apoio da muleta ou da cadeira de rodas. Tudo isso diante do dano psicológico que ele sofreu. A minha mãe não teve nem chance de ser resgatada, ela morreu dentro do carro. Como isso pode ser encarado como 'acidente'?", disparou.
Patrícia confessou que não queria expor o caso, mas resolveu falar porque percebeu que as autoridades queria encaminhar as investigações para um "acordo" com o motorista. A defesa da apresentadora pede que as autoridades mudem o foco para dolo eventual, quando o infrator assume o risco de cometer um crime, já que atualmente o caso é considerado homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. "Essa sensação de impunidade aumenta, a gente não vê mais sentido em nada. Não consigo entender como alguém que comete um crime desse e olha a pessoa no carro [e não ajuda]", completou.