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Atualidades / ENTREVISTA

Lorena Comparato usou personagem em Rensga Hits para perder vergonha: ‘Tenho muita’

Em entrevista à CARAS Brasil, Lorena Comparato fala sobre carreira, nova temporada de Rensga Hits e futuros projetos

A atriz Lorena Comparato - Foto: Vitor Peruzze/Cabecidade
A atriz Lorena Comparato - Foto: Vitor Peruzze/Cabecidade

Prestes a estrear em TV aberta, com a série do Globoplay, Rensga Hits!, a atriz Lorena Comparato está com a carreira a todo vapor. Em entrevista à CARAS Brasil, a artista que interpreta a cantora Gláucia, fala sobre carreira, desafios da personagem na segunda temporada, comenta projetos futuros e revela vergonha de cantar. 

Leia a entrevista na íntegra

Estreia da segunda temporada de Rensga Hits! na TV aberta

"Eu estou muito animada para a estreia na Globo! Os telespectadores da TV aberta são sempre muito carinhosos, cheios de emoção, eu amo isso! Quando estávamos gravando, acho que não tinha noção de quão maravilhosa essa temporada estava. Depois de assistir, eu fiquei completamente apaixonada pelo resultado. Estou contando os dias para que o público possa se reencontrar com esses personagens que conquistaram nossos corações."

O que esperar da nova temporada 

"Nessa temporada, a Gláucia vai viver várias ondas de sentimentos diversos. Ela vai chegar perto de realizar o grande sonho do sucesso como cantora sertaneja, mas como dupla com a irmã, e como elas são completamente diferentes e aspiram metas um tanto quanto dispares, fica complicado realizar tudo junto. Na vida amorosa então, Gláucia vai se ver completamente atravessada pela vontade de ter e não ter alguém do lado, como Isaías. Acho que a nossa raposinha do cerrado tem muito medo e dificuldade de se entregar pra qualquer pessoa que seja e, na segunda temporada, ela vai se esforçar muito pra sair da sua zona de conforto para evoluir. Agora, pra descobrir se isso vai dar certo, tem que assistir a série!"

Como é viver a mesma personagem em diferentes temporadas 

"Tenho o grande privilégio de já ter vivido essa experiência em outros trabalhos. Comecei praticamente minha carreira artística fazendo participações em séries como ‘Do Amor’, do Multishow, que teve algumas temporadas, e ‘Pé Na Cova’, na Globo, que também teve cinco temporadas em três anos e meio. Com certeza, com a passagem de tempo, eu sempre cresço junto com as minhas personagens. Mas eu acho que a parte mais legal é que elas sempre vêm para me melhorar de alguma forma. Acho toda personagem que eu ganho, um grande presente. Um mergulho vertical em algum tema específico que sem saber que eu estava precisando. Óbvio que eu também busco usar todas as tramas para evoluir e me investigar. E a delícia de reencontrar com as personagens um tempo depois é justamente contaminá-las com tudo que eu aprendi ou vivi nesse meio tempo em que não estávamos juntas. No primeiro ano, a Gláucia me fortaleceu muito e acho que nesse último, quem fortaleceu ela fui eu."

Maiores desafios para dar vida à Gláucia 

"A Gláucia Figueira é uma personagem muito complexa na sua composição. Uma mulher com personalidade muito forte, e isso transborda nas suas roupas, unhas, maquiagens e cabelos, por exemplo. Acho que o maior desafio de fazer a Gláucia é cantar, ainda mais sertanejo, que é um gênero musical tão específico e cheio de características incríveis. Me joguei profundamente nos estudos para conseguir fazer jus a tantas cantoras e futuras cantoras que fazem desse gênero um dos mais difíceis de serem cantados. Graças as deusas tive um acompanhamento brilhante da GisMatos, nossa preparadora de voz que é cantora e fonoaudióloga, em todas as temporadas, assim como as equipes dos estúdios em que a gente gravou as músicas. Ainda tenho muita vergonha de cantar em público, mas quando chega uma Gláucia na minha vida, eu vou cantar com vergonha mesmo. E tive o suporte de muita gente, principalmente de artistas que tanto admiro do sertanejo, como bibi, Day e Lara, Paula Matos, que fizeram participações nessa temporada e compuseram para a série. Cantoras que admiro muito e que foram super presentes na hora das nossas composições. Outro grande desafio é a caracterização super rebuscada de uma agropaty como a dona Gláucia."

"Na segunda temporada, contei com duas equipes essenciais para fazê-la ganhar vida do jeito que ganhou: Marcos Freire e sua equipe da caracterização, e Elisa Faulhaber e sua equipe de figurino. Usamos uma referência de cor do ruivo da primeira temporada, feita pela Ana Simiema e Guilherme Messner, mas agora com uma franja descolorida. Foram mais de 11 horas de trabalho para chegar no cabelo final, mais todas as horas nas cadeiras da caracterização para chegar na perfeição que é a raposinha do cerrado. Confesso que eu e Luciana Mezimer nos animamos com as unhas e as composições que eram pra ser por episódios, acabaram virando por look. A gente quase enlouqueceu, mas entregamos uma Gláucia composta da cabeça às pontas dos dedos. "

Música preferida da segunda temporada

"É muito difícil escolher minha música favorita de Rensga, cada uma delas tem um espaço especial no meu coração. Mas, se for para escolher uma só dessa temporada, seria ‘Identidade’, cantada pela Fabiana Karla e Deborah Secco, e pela Laura Simões e Maria Maud, que interpretam as mesmas personagens na juventude. Sou apaixonada por esse modão lindíssimo. Fora que é uma música que fala de um amor não realizado. Tem coisa mais linda que isso?! Mas também não posso deixar de falar de ‘Raiz’, cantada pela maravilhosa Alice Wegmann. Uma música emocionante que tem uma das frases mais lindas do mundo: “planta boa não cresce sem raiz”. Já cheguei a chorar muito ouvindo essa música. Agora, entre as que eu gravei, acho que a mais marcante foi ‘Detox de Macho’. Também nos divertimos demais gravando ‘No Sigilo’, mas Detox é muito chiclete e ficou grudada na cabeça por meses. E ainda gravamos um clipe para a música, então foi muito divertido viver a vida de uma estrela musical com tudo que se tem direito."

Relação com a atriz Alice Wegmann

"Alice é uma grande companheira de cena e de vida. Ela tem uma alegria e entusiasmo que é realmente muito contagiante. Alice tem estrada como protagonista e me inspiro muito nela. Ícone da moda, leitora assídua, ela traz toda porosidade que tem para suas personagens. E preciso dizer que às vezes era difícil concentrar de tanto que a gente ria. Nossas diretoras sempre tiveram muito carinho com essa relação das irmãs, é a espinha dorsal da segunda temporada."

Eu gosto sempre de citar a Carol Durão, porque ela diz que nós atores permitimos que a vida seja um pouco contaminada pelas personagens e eu e Alice realmente vivemos esse paralelo: irmãs na ficção e irmãs na vida real. E irmã é aquela coisa, não precisa estar perto para saber que pode contar uma com a outra. Nem precisa ser muito parecida para saber que ama e admira uma à outra. Aprendemos muito com Gláucia e Raíssa e quanto mais a gente brigava em cena, mais forte nossa relação na vida real ficava. Nossa preparação foi toda feita partindo do texto brilhante de Renata Correa e sua fantástica sala de roteiristas, e depois costuradas pelo nosso preparador Hugo Possolo junto com a direção. Precisávamos ter esse carinho e esse afeto latente entre as duas, mas ao mesmo tempo ser tanta energia que sai faísca. Acho que conseguimos um resultado incrível e amo e torço muito por essas duas juntas."

Gênero musical que você gostaria de explorar em um futuro papel

"Eu sou daquelas artistas que amaria fazer e experimentar de tudo um pouco. Se eu fosse ousar muito, amaria fazer uma pianista, cantora de ópera, algo extremamente desafiador para mim que tenho pratica com nenhum dos dois, mas amo ambas as artes. Ou fazer parte de algum projeto que contasse a história de alguma artista brasileira muito potente do pop ou axé, estilo Ísis Valverde em ‘O Canto da Sereia’. Admiro muitos artistas que temos e que vivem esse dia a dia caótico como Anitta, Ivete Sangalo e Iza. Confesso que também amaria fazer parte de um projeto biográfico sobre cantoras e artistas referências na nossa história musical como Astrud Gilberto, É o Tchan e Carmen Miranda. "

Outros projetos 

"Nesse momento estou envolvida nas filmagens da sexta temporada de ‘Impuros’. Fico muito feliz e contente de estar numa série com tantas temporadas e que é tão aclamada pelo público. Acabei de cortar o cabelo para essa personagem e pra mim é uma grande honra poder fazer essas mudanças físicas em nome dos meus projetos, meucorpo é meu maior instrumento de trabalho. Também estou em cartaz com o espetáculo ‘Bonitinha, Mas Ordinária’, de Nelson Rodrigues, com direção de Bruce Gomlevsky, que está com apresentações pelo Brasil, e espero que ano que vem tenhamos temporada em São Paulo. Ao mesmo tempo estamos finalizando a edição do curta ‘A TEIA’, direção Claudia Castro, com co-produção da Raccord, do núcleo criativo do qual faço parte – com as também atrizes e roteiristas Andrezza Abreu, Anita Chaves e Karina Ramil – chamado Cia de 4."

"Sigo aguardando animadamente o lançamento do longa ‘O Advogado de Deus’, de Wagner de Assis, que deve estrear no ano que vem, filme do livro homônimo de Zibia Gasparetto psicografando o espírito Lucius. Foi incrível fazer parte do triângulo amoroso com Nicolas Prattes e Danilo Mesquita e ser filha de Beth Goulart, atriz que eu tanto admiro, em um filme que fala sobre o ciclo dos erros nas vidas passadas. Se eu puder sonhar, para 2025, queria muito fazer uma novela, mas fico à disposição pra todos os projetos maravilhosos que possam surgir e quem sabe mais uma temporada do nosso amado ‘Rensga Hits!’."