De fora da partilha de bens de Gugu, Gustavo Rocha não se conforma com resultado negativo de DNA
Após os resultados negativos dos testes de DNA que Ricardo Rocha se submeteu para comprovar que é filho de Gugu Liberato (1959-2019), o comerciante entrou com um novo pedido para a realização de mais exames em caráter de contraprova, questionando assim a veracidade dos dois resultados anteriores, esta informação é da coluna de Gabriel Perline. Acompanhe detalhes:
O falso filho acabou surpreendido com um posicionamento mais rígido dos verdadeiros herdeiros do apresentador, e recebeu uma ameaça de processo por querer atrapalhar a paz da família. Além disso, a Justiça ignorou suas demandas e autorizou a partilha imediata dos bens que haviam sido designados ao homem que nunca teve parentesco com o famoso.
Assim que foram publicados no processo os resultados negativos dos testes de DNA, os advogados de Rocha fizeram um novo pedido à Justiça, que incluía a realização de exames de contraprova, uma audiência de conciliação com os verdadeiros herdeiros, e também as certidões de nascimento de Gugu e de Aparecida Liberato, bem como as fotocópias dos livros de registros de seus nascimentos. Advogados consultados por nós relataram que o motivo destas exigências apontavam para uma possível tese de que o falso filho cogitava a hipótese de Gugu não ser filho biológico de dona Maria do Céu.
Tudo isso porque é frisado em seu novo pedido que a checagem do material genético de Ricardo Rocha foi feita de forma indireta, ou seja, com um parente alegadamente consanguíneo de Gugu. No caso, a pessoa testada foi a mãe do apresentador. Antes de partir para a solicitação da exumação do corpo, ele buscava mais maneiras de tentar se convencer de que realmente tem algum parentesco com o famoso --mas a Justiça sequer levou em consideração suas demandas.
A família de Gugu se revoltou com os novos pedidos de Ricardo e subiu o tom. Assim que tomaram conhecimento das exigências do falso filho, os advogados dos herdeiros subiram o tom e ameaçaram processá-lo pelo tumulto que causou em suas vidas, e também por litigância de má-fé, ou seja, quando uma das partes age de forma desleal no curso do processo, atrapalhando o trabalho da Justiça e prejudicando seus oponentes na batalha.
"Diante de todos os resultados negativos apresentados, fica descartada qualquer probabilidade genética quanto à paternidade alegada. Com efeito, é absolutamente desnecessária a continuidade da presente ação investigatória e impertinente a produção de qualquer outra prova, sobretudo considerando a ausência de vínculo fático entre o falecido Gugu e o autor (Ricardo Rocha), a demandar novas inquirições. Mas não é só. O exame genético pelo método DNA possui presunção de certeza, conforme a jurisprudência do C. Superior Tribunal de Justiça, não sendo possível o afastamento dessa presunção ante a idoneidade dos dois exames periciais realizados", expôs a defesa da família de Gugu.
"Considerando a completa ausência de dúvida razoável quanto à paternidade alegada, a partir desse momento, qualquer ato adicional investigatório requerido pelo Autor, concessa vênia, deve ser interpretado por V. Exa. como abuso de direito manifestado pela desarrazoada insistência pelo reconhecimento da paternidade que, em última análise, somente agravará o constrangimento público dos Réus (família de Gugu), representando ilegal gravame moral e patrimonial", continuou.
Na lista de pedidos feita pela família do apresentador consta o principal: que a Justiça decrete a extinção do processo. Para isso se concretizar, eles também solicitaram que todos os bens depositados para Ricardo como caução (duas propriedades milionárias e um valor razoável em dinheiro) fossem devolvidos ao espólio, com o objetivo de partilhá-lo entre os verdadeiros herdeiros. Além disso, os filhos de Gugu apelaram para que o juiz ignorasse os pedidos absurdos do comerciante feitos após os resultados negativos de DNA.
"Os Réus requerem o total indeferimento dos pedidos formulados pelo Autor, consistentes em atos juridicamente e cientificamente desnecessários, praticados com o propósito de continuar o constrangimento público dos Réus, sendo, portanto, atentatórios à dignidade da Justiça e passíveis de condenação por litigância de má-fé, sempre levando-se em consideração que desde o início da demanda o Autor tem extrapolado o regular exercício do seu direito (inclusive com pedido de bloqueio de cifras milionárias, seguidos de exposição midiática desnecessária), tudo a demandar severa responsabilização do Autor --o que desde já se requer no seu grau máximo-- em homenagem aos soberanos interesses da Justiça", conclui a defesa dos filhos de Gugu.
Para a tristeza de Ricardo Rocha, que vinha acumulando vitórias em todas as movimentações na Justiça, desta vez ele se deu mal. O juiz responsável pelo caso não só o ignorou em seus pedidos absurdos como também ordenou que todos os bens e valores retidos como forma de caução, que ficaram reservados para o comerciante enquanto o exame de DNA não fosse concluído, fossem readmitidos ao patrimônio do apresentador e voltasse à partilha de bens entre os verdadeiros herdeiros.
Desde a semana passada, Rocha tem fugido de dar entrevistas e vem fazendo publicações enigmáticas a respeito de suas recentes derrotas. Ele, no entanto, não se deu por convencido ainda e segue insistindo que é filho biológico de Gugu Liberato.