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Atualidades / JORNADA

Eliana reverencia trajetória ao abraçar passado no SBT e mirar no empoderamento feminino

Em entrevista à CARAS Brasil, Eliana relembra histórias ao lado do veículo e avalia momentos marcantes na trajetória

Eliana começou carreira na TV em 1991 - Reprodução/YouTube
Eliana começou carreira na TV em 1991 - Reprodução/YouTube

Eliana reverencia sua trajetória de mais de 30 anos como apresentadora ao abraçar passado no SBT e mirar no empoderamento feminino. Em entrevista à CARAS Brasil, ela relembra histórias ao lado do veículo e avalia momentos marcantes na jornada pessoal e profissional.

Com o início da carreira na TV em 1991, aos 17 anos, Eliana adentrou na vida adulta na frente das telas, enquanto ainda trabalhava com o público infantil. A apresentadora, que estampou sua primeira capa na CARAS em 1997, relembra os tabus da época. "Acho que todas as fases tem as suas alegrias, delícias e momentos. Obviamente, aqui nessa capa eu já era uma mulher, mas quando estava na frente das câmeras - como trabalhava com crianças - tinha total preocupação em não deixar esse lado evidente. Tinha muito rigor em relação ao figurino e às minhas falas. Não usava esmalte vermelho, por exemplo", conta ela.

"Nessa capa, pude mostrar um outro lado. Foi surpreendente para algumas pessoas. 'Apresentadora se diz uma mulher feita e garante que nunca defendeu a virgindade', olha que ousadinha, já falando sobre esses assuntos. Aqui não era a apresentadora, era a mulher se posicionando", acrescenta.

Para se consolidar no meio da televisão, Eliana passou pela transição do público infantil para o adulto e enfrentou as incertezas da mudança. "Foi uma transição delicada, não sabia se ia dar certo. Foi uma decisão que me deu muito medo, fiz muita terapia, tinha que acontecer um movimento interno. Fiquei oito meses em busca de um programa que tivesse a minha cara e fosse atender as expectativas das pessoas".

"Imagina trabalhar 16 anos com um público e, de repente, fazer a transição para um outro público sem perder o que consquistou ao longo dos anos. Precisava de um programa que abracasse a família e não excluísse as crianças. Essa preocupação de buscar quadros que fossem para todo mundo foi algo difícil. Fiz essa transição na Record e sou super grata", declara a apresentadora.

Entre as alegrias que conquistou ao longo da trajetória na TV, Eliana viveu sua primeira viagem internacional junto com o público. "Venho de uma família muito simples. Meu pai foi zelador e minha mãe foi babá e arrumadeira, ela fazia tudo que dava para ajudar nas economias em casa. Conheci muito sobre os países no mundo através dos olhos de outras crianças que moravam no prédio. As crianças iam para a Disney e para a Europa e mostravam vídeos. Fui me inspirando naqueles momentos para, um dia, estar lá".

"Quando me tornei comunicadora, na primeira oportunidade que tive, levei meu público para a Disney. Foi minha primeira viagem internacional, aos 19 anos. Percebi que aquela viagem tinha um papel importante para crianças que não podiam sair do Brasil. Comecei a trazer isso para o DNA do programa. Viajei o mundo e o Brasil levando o público junto comigo", compartilha Eliana.

Para além da carreira recheada de trabalhos, ela também divide a vida profissional com a maternidade. Mãe de Arthur Bôscoli Manuela Michaelichen, a apresentadora relembra a emoção com o nascimento da caçula, em 2017. "Nessa fase, o Arthur estava festajando com a gente a chegada da Manuela. Ele viveu comigo toda a dificuldade que foi esperar a irmã, foram cinco meses de eu deitada em uma cama e não vi ele reclamar um dia da falta da mãe. Parecia que ele entendia que aquele momento era necessário para mim e para a Manuela".

Assim como destaca a paixão pelos pequenos, Eliana faz questão de refletir sobre as lições da maternidade. "Quanto mais responsabilidades a gente tem, mais a gente vai carregando. Eu sou daquelas super esponja, carrego os problemas da família inteira. Não é ruim, porque se Deus me dá forças para carregar, vou lá e abraço. Faço isso com muito amor e leveza, mas, às vezes, tudo junto pesa, e ninguém é super heroína".

"O Arthur me faz refletir, acho que, daqui a pouco, a Manuela também vai. A vida mostra que os filhos nos ensinam muito, temos muito o que aprender com eles. Essa é uma das maiores lições da maternidade para mim", ressalta.

Com uma carreira marcada pelo empoderamento feminino, a artista materializou a união entre as mulheres durante a apresentação do Criança Esperança ao lado de Xuxa e Angélica, em 2023. "Quando recebi o convite para participar do Criança Esperança na Globo, fiquei muito comovida. A ideia era que nós três estivéssemos juntas, era a materialização de uma união que já existe e um respeito entre nós que vai ficar estampado para sempre em um momento tão lindo que é o Criança Esperança, sobre solidariedade". 

Marcada pelo discurso que ressoou entre o público, Eliana pondera sobre a importância de levantar a causa: "Reverencio meu passado, mas não vivo este passado. Tenho o maior carinho por tudo que vivi, mas, hoje, como mulher neste espaço, gostaria demais de poder falar sobre o trabalho das mulheres, o empoderamento feminino e levantar a autoestima de mulheres que foram abusadas em seus relacionamentos. A coisa mais linda é a nossa força e a nossa união". Para celebrar os 30 anos da CARAS, durante a entrevista ela recebeu uma joia exclusiva e desenhada especialmente para a ocasião pela designer Rosana Chinche, do Atelier 17. 

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA: