CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
Atualidades / Lançamento

Editora Caras lança curta-metragem intitulado 'Hanseníase Ontem e Hoje'

A produção mostra como a doença era tratada antigamente e destaca que a estigmatização continua forte

CARAS Digital Publicado em 22/11/2019, às 16h48

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Editora Caras lança curta-metragem intitulado 'Hanseníase Ontem e Hoje' - Divulgação
Editora Caras lança curta-metragem intitulado 'Hanseníase Ontem e Hoje' - Divulgação

A Editora Caras promoveu o lançamento do curta-metragem Hanseníase Ontem e Hoje nesta sexta-feira, 22. Produzido com o apoio do Facebook Journalism Project e do ICFJ – Internacional Center for Journalists, o documentário traz relatos de médicos e pacientes, tanto na época em que a internação era compulsória, quanto de hoje em dia. 

O tema é importante ser divulgado e debatido não apenas pela dificuldade que ainda existe em se diagnosticar a doença precocemente, como pela maneira de se lidar com ela entre médicos e a sociedade em geral. “Apesar de a internação não ser mais obrigatória há anos, e de existir tratamento, um resquício daquela época permanece: o preconceito com o portador da doença, além do descaso do poder público com o assunto”, diz a jornalista Vivian Ortiz, responsável pela direção e roteiro do projeto.

O documentário traz depoimentos de pacientes da época da internação compulsória, como o de Alice Andrade, 86 anos. “Se os vizinhos descobrissem que eu tinha esse problema, eles denunciavam e a mamãe não queria que aquele carro horrível do Departamento de Profilaxia da Lepra parasse na frente de casa, porque chamava atenção. Era um camburão, um carro preto horrível. Então, para aquele carro não parar na frente da nossa casa, eu me entreguei”, conta.

De acordo com a Prof.ª Dra. Yara Monteiro, coordenadora do Instituto da Saúde (IS), quando surgiu a legislação de isolamento compulsório, a sociedade, de forma geral, apoiou. “Sempre procuramos nos preservar daquilo que achamos que é o mal, e queremos que esse mal seja afastado”, explica. “Por isso, havia toda uma educação sanitária na época ensinando a população como identificar o doente. Então, aconteciam as delações e as internações à força.”

Embora a internação compulsória não exista mais desde 1962, ainda hoje permanece o preconceito com a doença, incluindo com o pessoal da área da saúde. A obra estará disponível nas páginas de Facebook, Youtube e Twitter da revista AnaMaria