Vizinhança de Cibele Dorsa relata ter percebido sinais de depressão
Moradores do prédio de onde caiu a atriz e escritora Cibele Dorsa, no bairro do Morumbi, em São Paulo, relatam a convivência e os últimos momentos com ela
Redação Publicado em 27/03/2011, às 11h47 - Atualizado em 29/03/2011, às 06h31
Na tarde de sábado, dia 26, não havia movimento no edifício The Flowers, no Morumbi, zona Sul de São Paulo, de onde a atriz e escritora Cibele Dorsa, 36 anos, caiu do sétimo andar. Na lateral do prédio, da rua, é possível ver o buraco na rede de segurança - que estava aberto desde a morte do noivo, Gilberto Scarpa, em janeiro - da varanda do apartamento de Cibele, por onde aconteceu a queda.
Os vizinhos de Cibele dizem que perceberam sinais de que algo estranho e diferente estaria acontecendo com a atriz e escritora. Um deles, que pediu para não ser identificado, lembra que falou com ela na quinta-feira, dia 24. "Ela estava muito magra, acabada, com ar de deprimida. Eu falei para ela que lamentava o que havia acontecido com o Gilberto, que queríamos ajudá-la. Ela começou a se emocionar e eu disse para que ela ficasse calma", relata. "Aproveitei para perguntar por que ela não procurava uma igreja. Ela disse que outras pessoas já haviam lhe aconselhado o mesmo e que iria pensar nisso."
Na véspera da morte de Cibele, outra vizinha, que também pediu anonimato, conta que uma pessoa foi fazer uma entrega no apartamento da atriz e que a encontrou no canto do sofá, encolhida e tremendo. "Essa pessoa me disse que ela parecia um bichinho acuado", conta a vizinha.
Após a morte de Gilberto, Cibele ficou algum tempo na companhia de seu tio José Calixto Maria Gaido e de uma enfermeira, que moraram com ela, que também recebia visitas de um psiquiatra. "A irmã dela esteve aqui há dez dias", completa.
Do edifício da frente, uma produtora de eventos, que conhecia Cibele Dorsa pessoalmente, disse que viu, da varanda, a atriz utilizando o computador próximo à janela, horas antes da sua morte. Eram 23h30 da sexta-feira, dia 25. "Quando o Gilberto caiu, eu vi, mas, quando aconteceu com a Cibele, eu estava dormindo. Cheguei a visitá-la duas semanas depois da morte dele para oferecer-lhe ajuda, mas ela me disse que já estava ótima e recuperada."
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