Apontado como substituto de Maurício Mattar em 'Fina Estampa', Carlos Machado fala à CARAS Online sobre sua carreira paralela de dentista, a vida de solteiro e o sonho que lhe fez ter um papel na novela das 9
Há cerca de três meses, Carlos Machado (46) teve um sonho que despertou sua atenção. “O Wolf [Maya, diretor] aparecia dizendo: ‘Você vai trabalhar comigo na minha próxima novela’”, conta o ator à CARAS Online. No dia seguinte, ele decidiu ir ao Projac procurar pelo diretor e contar todo o sonho para ele. “Aquilo parecia um aviso pra mim, estava há um ano e meio sem contrato e estava procurando a oportunidade que eu gostaria na teledramaturgia”, diz.
Wolf ouviu Carlos e pediu para ele procurá-lo dentro de um mês, o que não aconteceu. “Estava tão ocupado naquele mês que nem consegui ir”, lembra. Até que um dia o ator recebeu uma ligação pedindo para que ele se reunisse com o elenco principal da próxima novela das 9, Fina Estampa. “O Wolf me chamou e disse que não tirava da cabeça que o papel tinha que ser meu. Ele mandou eu começar a malhar mais e me bronzear, porque ia precisar disso para o personagem”, conta.
Foi assim que Carlos se tornou a primeira opção de Wolf Maya e Aguinaldo Silva para o papel. “Sempre gostei de me manter em forma, pra mim isso é saúde e prezo muito por isso”, declara Carlos, que comemora o papel em horário nobre: “Já tive altos e baixos na minha carreira, mas acho que esse vai ser o momento de maior altitude."
Boa forma
Carlos será Ferdinand, um ex-salva vidas, sargento reformado do Corpo de Bombeiros. “Ele foi reformado aparentemente por problema de saúde, mas vive o dia inteiro jogando vôlei na praia. Ele é dono de uma rede de vôlei que aluga para conseguir uns trocados e também é chefe de segurança do condomínio do núcleo rico, onde vive a personagem da Christiane Torloni”, revela.
O ator irá contracenar com Eri Johnsson, Totia Meirelles e com o próprio Wolf. “Eles fazem parte do núcleo praia, que abrem a novela no primeiro capítulo”, diz.
Carlos nem precisou de laboratório para interpretar o personagem. Assim como Ferdinand, ele também é ex-militar. “Fiquei cinco anos como tenente da Aeronáutica trabalhando na escola preparatória de cadetes”, conta ele, que também foi campeão mineiro de vôlei.
Solteiro
“Estou solteiro há mais tempo que nunca na minha vida”, diz Carlos, que não namora há cerca de um ano. “Mas estou feliz. Sempre tive muita necessidade de estar apaixonado, mas estou curtindo essa fase sozinho”, completa.
Ele sabe que assim que a novela estrear, o assédio deve aumentar. “Tenho amigos que são celebridades e sei o que eles passam. Eu tenho 46 anos e não sou um menino, não teria preparo emocional se tivesse 20 anos para receber o que está vindo. Tudo tem a hora certa”, comenta o ator, que confessa: “O assédio já aumentou.”
Sorriso
Enquanto esteve fora do ar, Carlos se dedicou à outra paixão: a ortodontia. “Eu tive a oportunidade de trabalhar com um australiano que é um dos ‘papas’ da ortodontia no mundo. Fiz cursos na Alemanha, nos Estados Unidos e em outros lugares. Tive o prazer de estudar a ortodontia autoligável, que é o futuro da ortodontia e poucos dentistas no Brasil trabalham com ela”, explica.
Com a novela, Carlos vai continuar atendendo no seu consultório, mas pretender cada vez mais focar na parte administrativa. “Quero administrar clínicas e repassar tudo que tive a oportunidade de aprender no exterior”, conta. “A carreira artística é uma diversão, posso ficar 12 horas gravando e ainda levar texto pra estudar em casa, mas não tenho nenhum momento de estresse. Com a ortodontia, não dá pra ficar mais do que 5 horas por dia. Eu amo, mas exige cuidado, uma precisão milimétrica, lida com vidas e é muito estressante.”