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‘Ser comparada à Madonna é sempre motivo de orgulho’, diz Daniela Mercury

Ícone da música brasileira, Daniela Mercury celebra sucesso e participação em programa internacional. ‘É o reconhecimento da minha carreira, dos meus esforços e conquistas’, vibra

Redação Publicado em 04/03/2013, às 19h21 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Daniela Mercury vibra com reconhecimento internacional - Getty Images
Daniela Mercury vibra com reconhecimento internacional - Getty Images

Brasileira, nascida em Salvador, Daniela Mercury (47) conquistou seu espaço dentro e fora do país e celebra a participação no programa Leading Women, da CNN International, que destaca as mulheres mais influentes do mundo. “Foi o reconhecimento da minha carreira e dos meus esforços e conquistas, movida pelo sonho de levar a minha música para o mundo, de permitir que outros povos enxergassem o nosso país, a nossa cultura através do meu trabalho”, vibra a rainha do axé em entrevista à CARAS Online.

Não é para menos. O programa exaltou suas vitórias, os 12 milhões de álbuns vendidos no mundo e o Grammy Latino que ganhou em 2007 e a apontou como a Madonna (54) brasileira. “Essa é uma comparação que vem se repetindo ao longo da minha carreira. Críticos da Europa e Estados Unidos várias vezes se referiram a mim dessa maneira. A Madonna é uma grande artista, uma grande referência da cultura pop que realiza grandes trabalhos. Ser comparada a alguém que você respeita muito e que faz tudo com o preciosismo que ela faz é sempre motivo de orgulho”, comemora.

“A arte, em essência, permite o diálogo nas esferas mais sublimes, superando barreiras como idioma, nacionalidade ou classe social”, completa a artista, descrita como embaixatriz da música brasileira.

Consciente da força que seu nome tem hoje, Daniela Mercury também se orgulha por sua atuação na história musical do país. “Quando surgi para o Brasil em 1992, estávamos vivendo um momento muito delicado, o povo brasileiro lutava para se recuperar de um trauma histórico, a ditadura, que ainda deixava amargas lembranças, e também enfrentávamos o impeachment do primeiro presidente eleito pós-ditadura. A autoestima do povo estava em baixa e a música brasileira desaparecia das rádios que eram dominadas por hits internacionais, enquanto as gravadoras resistiam em apoiar ou investir em produtos nacionais”, contextualiza.

“Nunca vou perder o orgulho de dizer que enfrentei e rompi essa barreira. Com o sucesso do samba-reggae O Canto da Cidade, um ritmo genuinamente brasileiro - que se transformou em um marco na minha carreira - abri muitas portas não só para mim, mas, para toda aquela geração de artistas. Tive a sorte e a honra de ser protagonista desse processo de mudanças, mas sei que não estava sozinha”, finaliza, com modéstia, a estrela 'made in Brazil'.