NA FRANÇA, PAULO COELHO É PADRINHO
O ENLACE DE PAULA E BRICE DIANTE DO MAGO E CHRISTINA, TIA DA NOIVA
Redação Publicado em 04/08/2009, às 10h29 - Atualizado às 10h32
Ao cair da tarde na Cidade-Luz, a cientista política Paula Braconnot (27) subiu as escadarias da imponente catedral Notre Dame de la Croix, na qual o professor francês Brice Gruet (37) a esperava no altar para coroar a história de amor envolta em misticismo, que parece ter saído dos livros do mago e escritor Paulo Coelho (61), marido da tia dela, a artista plástica Christina Oiticica (57). Descontraído, Paulo comprou um par de tênis brancos especialmente para a ocasião. "Casar é amar. Casamento não tem moda. Tanto quanto antigamente, como na era virtual, será sempre revestido do mesmo simbolismo: a união das almas. A felicidade da Paula me faz mais feliz ainda", abençoou o padrinho famoso, que se prepara para o lançamento do filme Veronika Decide Morrer, baseado em sua obra homônima. "Apesar dos modernismos da sociedade, Internet, Facebooks, nada mais emocionante que casar com o tradicional ritual da Igreja", empolgou-se Christina, entre o marido e a mãe, Paula Oiticica (73). "É minha primeira neta que casa. Quero que essa felici-dade seja eterna e linda como a minha família", afirmou a matriarca, visivelmente emocionada.
Com um lindo vestido desenhado pela irmã mais velha, a designer Christiana Braconnot (37), e alianças entregues pela irmã caçula, Thereza (25), Paula disse o sim a Brice diante do padre Manuel Teixeira. "A maior parte das pessoas toma o propósito do casamento, de acompanhar o parceiro no bom e no ruim, na saúde e na doença, como uma espécie de prisão. Para mim, não. É uma liberação. Acho que a lealdade e o amor vêm antes de tudo. Se você tem ambos, vai construir algo em cima disso", disse a noiva, que durante a cerimônia pediu permissão ao sacerdote para levar um buquê de rosas a Nossa Senhora, de quem é devota. "Custou, mas consegui casar com ela. Esta união é uma aliança que representa o amor, que vai trazer mais liberdade e profundidade à minha vida", retribuiu Brice, sorridente, ao lado de sua mãe, Vivianne Gruet, e do irmão Arnaud (41), durante a charmosa comemoração no Chalet des Îles Daumesnil, restaurante que fica no bucólico Bois de Vincennes, um dos pequenos bosques que adornam a capital francesa.
O casal se conheceu há 11 anos, em Buenos Aires. Ele terminara mestrado no país, e ela morava com os pais, Tânia Oiticica (60) e o diplomata Luiz Braconnot (62), que trabalhava na embaixada brasileira na Argentina. "Eu tinha 16 anos, ele era meu professor de história e geografia e não havia nada além disso", contou Paula. Em 2000, por obra do destino ou mero acaso, ela reencontrou o Monsier Gruet, como costumava chamá-lo quando era sua aluna. "Eu o reconheci em Paris e chamei por ele, ficamos amigos desde então. Anos mais tarde, fui descobrir que ele estava apaixonado por mim desde a época da escola", explicou ela, que apenas ano passado reconheceu ter o mesmo sentimento, após acompanhar sua tia Christina no mítico Caminho de Santiago de Compostela, rota de peregrinação na Península Ibérica celebrizada em O Diário de um Mago, um dos maiores sucessos de Paulo Coelho. "Ao voltar dessa viagem tive uma vontade irresistível de procurá-lo. Quando o revi, sentados à mesa de um restaurante, estremeci e pensei: 'Esse cara é muito interessante.' Deixei as coisas acontecerem. Foi fulminante, descobri que ele era o homem da minha vida", concluiu Paula. l