O que é bom dura muito.
Não parece nada fácil desenvolver coleções para uma marca que carrega o nome de uma das principais figuras da história da moda. Para o designer Stefano Pilati, o legado de Saint Laurent não apenas continua muito bem representado, como também busca em seus arquivos o melhor sem parecer déjà vu. Neste inverno a inspiração começa nos anos 1960 e termina no início da década seguinte. A primeira parte foca na mistura de materiais e no jogo de estampas, colocando os tradicionais xadrezes em contextos atuais e extremamente desejáveis. Tudo isso graças às modelagens ajustadas, aos minicomprimentos e aos acessórios “pesados”, que tiram o visual de uma possível monotonia. Botas de cano altíssimo, mocassins (sim, eles estão de volta, agora repaginados por saltos anabela) e cintos com detalhes de corrente dão o tom meio fetiche, meio esporte aos looks. E, por falar em esportividade, o estilista consegue criar esta atmosfera nos macacões curtos, nas calças tipo cigarrete e, principalmente, nos casacos no melhor estilo baseball girl. Outra peça que não poderia faltar neste resgate aos clássicos da marca são os blazers tipo jaquetão. Eles aparecem nas versões vestido ou encurtados para uma parceria de sucesso com saias retas. E, já que alfaiataria é mesmo a alma deste “negócio” chamado elegância, camisas de seda fecham a listinha de desejos. Aproveite para investir em um modelito desses nesta temporada. Encerrando o desfile, produções totalmente brancas resgatam o glamour da era disco e destacam os vestidos esvoaçantes de cinturinha marcada e mangas longas. No final, a conclusão é uma só: o que é bom nunca sai de moda. Ou melhor, o que é Saint Laurent...