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Leona Cavalli no Tibete

A atriz explora belezas culturais da Ásia

Redação Publicado em 22/11/2010, às 19h59 - Atualizado em 26/11/2010, às 16h16

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O sorriso de Leona demonstra seu fascínio pelo imponente Palácio de Potala, em Lhasa, capital do Tibete, considerada uma das cidades mais Zaltas do planeta.
O sorriso de Leona demonstra seu fascínio pelo imponente Palácio de Potala, em Lhasa, capital do Tibete, considerada uma das cidades mais Zaltas do planeta.
Um enriquecimento cultural sem precedentes marcou a primeira viagem de Leona Cavalli (40) ao continente asiático. Durante duas semanas, a atriz entrou em contato com a história, costumes, conceitos espirituais e as paisagens exóticas de Pequim e Lhasa, respectivamente, capitais da China e da região autônoma do Tibete. "A viagem foi incrível! A China é um país encantador e o Tibete é completamente diferente de tudo o que já vi. Lhasa fica aos pés da Cordilheira do Himalaia, cujas montanhas são maravilhosas e sua geografia te leva a um lugar único", assinala a bela. "Visitei esses países com amigos brasileiros e fizemos o nosso próprio roteiro", emenda ela. Em compasso de espera para a estreia do filme Aparecida - O Milagre, de Tizuka Yamasaki (61), prevista para 17 de dezembro, Leona está em fase de pré-produção do curta O Arlequim da Rua 18, que irá assinar em parceria com Ricardo Fujii (40). "Estou animada, pois é a primeira vez que vou dirigir", vibra ela, que está no elenco do seriado global As Cariocas. Além disso, está escrevendo seu segundo livro e volta aos palcos em 2011 com a reestreia do monólogo Máscaras de Penas Penadas. - O que te deixou fascinada ao conhecer o Tibete? - Além da natureza, a cultura milenar e espiritual que eles têm. Visitei o Palácio de Potala, o berço do budismo, onde os dalai lamas viviam. Não sou budista, mas fiquei tocada. Estava em um centro irradiador de forte energia de paz, amor e sabedoria. Fui também ao Sera, monastério cultural onde os monges passam a manhã estudando variados assuntos, e, à tarde, fazem debates ao ar livre, abertos ao público. Chamou a minha atenção o modo como eles convivem com a cultura de maneira prática. É um lugar onde não existem dúvidas. As coisas são reais, concretas e espirituais. - Aproveitou para meditar? - Sim, não tem como não meditar, mas não é como eu imaginava, de necessariamente ter que fazer poses de yoga. Eles vivem em constante meditação. Os passeios, as ações, tudo é contemplativo. Eles irradiam uma sintonia com a natureza. Para mim, um lugar especial é o lago Jade, o ponto mais alto de Lhasa, que, por sua vez, é a cidade mais alta do planeta. - Fazia muito frio lá? - Muito. Fui no outono deles, primavera no Brasil. A temperatura era em média de 10 graus. Tinha até neve. - Que características marcantes encontrou nos tibetanos? - São pessoas alegres, acolhedoras, sábias e têm uma fé inabalável. Achei o lugar fantástico, mas, por outro lado, valorizei a liberdade que temos no Brasil. Os tibetanos vivem sob dominação chinesa. Os militares andam armados nas ruas. É um paradoxo, pois eles têm uma vibração espiritual de paz e uma enorme riqueza cultural, mas precisam conviver permanentemente com o militarismo. - E como foi na China? - Visitei a Cidade Proibida, que era o palácio imperial, em Pequim, e também subi a pé a Muralha da China. Mas depois eu desci de teleférico. (risos) Estava exausta, porém revigorada. A arquitetura é impressionante, os chineses são grandes mestres da construção. Com a viagem, tive ainda mais certeza de que a arte é o caminho para a convivência pacífica, já que, tanto no Tibete como na China, a manutenção do que eles têm de mais vivo se dá por meio da arte e da espiritualidade. - Depois de uma viagem como essa, como anda o coração? - Muitíssimo bem. Estou apaixonada, mas o amor, neste momento, não é a minha prioridade, e sim o trabalho.