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Laringite alérgica é mais comum nos adultos e depois dos 60 anos

Redação Publicado em 14/05/2013, às 11h02 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Chama-se laringite à inflamação da laringe, órgão tubular que se localiza entre a garganta e a traqueia. A laringe é responsável pela produção da voz, pelo fato de abrigar as cordas vocais, e ajuda na proteção dos pulmões. As inflamações são as doenças mais comuns na laringe. Elas podem resultar de agressões por microrganismos como vírus e bactérias, da volta de líquidos do estômago, o que é conhecido como refluxo gastroesofágico, e também de produtos que causam alergia.

A laringite alérgica pode manifestar-se em homens e mulheres de todas as idades. É mais frequente, contudo, nos adultos e depois dos 60 anos de idade. Embora não existam estatísticas sobre a doença, pelo fato de que é difícil diagnosticá-la, sabe-se que é uma causa comum tanto de tosse persistente, quanto de pigarro e rouquidão.

Ela é desencadeada pela inalação de: a) poeira em casa e no local de trabalho; b) mofo e/ou fungos em ambientes malcuidados; c) células mortas da pele de animais; d) odores de produtos de limpeza, como detergentes; e) odores de tintas e vernizes; e g) perfumes e produtos de higiene.

A alergia deve-se a uma reação exagerada do organismo ao contato da molécula da substância inalada com as mucosas da laringe. Com isso, os glóbulos de defesa explodem e liberam substâncias que provocam coceira, espirros, tosse, coriza e inchaço. A inflamação pode surgir logo à primeira inalação e de inalações repetidas ao longo da vida, causando as crises. A laringite alérgica apresenta traços genéticos. Por isso mesmo, aqueles que têm casos na família estão mais suscetíveis a desenvolvê-la.

A doença pode ocorrer o ano todo. É mais comum, no entanto, nos meses mais frios, pelo fato de os ambientes ficarem mais fechados, o que favorece o contato com a poeira. É também a época em que as pessoas retiram dos armários cobertores, casacos e outras peças do vestuário que não foram lavadas por longo tempo, com poeira e mofo.

O primeiro sintoma em geral é tosse seca sem causa aparente, ou seja, sem sintomas de infecção, isto é, febre, mal-estar geral, indisposição, fraqueza e perda do apetite. Outros sintomas são: rouquidão e perda da voz. Se a pessoa não vai ao médico e se trata, se for profissional da voz, por exemplo, pode ter de cancelar seus compromissos. O que mais se teme, nas alergias, porém, é o felizmente raro inchaço e o consequente fechamento repentino da glote, estrutura pela qual o ar sai da laringe para ir aos pulmões, que pode causar insuficiência respiratória e matar o paciente por sufocamento.

Felizmente, é possível evitar a laringite alérgica com algumas medidas básicas. Nos meses mais secos e frios, abra todo dia as janelas por algum tempo para arejar a casa. Lave ou ponha no sol colchas e cobertores antes de voltar a usá-los. Tome ao menos 2 litros de líquidos diariamente e se alimente bem. Elimine ou limpe semanalmente tapetes e cortinas, que acumulam pó. Use máscara quando tiver de mexer com poeiras. Isso é fundamental principalmente para quem apresenta histórico de alergia na família.

À primeira indicação da doença, enfim, consulte um médico otorrinolaringologista. O diagnóstico inicial é clínico, ou seja, conversar com o doente e fazer uma análise cuidadosa dele com laringoscopia. Pode-se comprovar a laringite por meio de exame de sangue, com o qual se detecta a presença de anticorpos específicos para a substância que causa a alergia. Basta retirar uma amostra de sangue e misturá-lo com moléculas dos diversos alérgenos. O tratamento consiste em combater os problemas do paciente para aliviar seu quadro. Claro que ele só se livra de outras manifestações da alergia se não inalar mais aquilo que as provoca.