Fernando Pavão (41), que estreia Máscaras na Rede Record, nesta terça-feira, 10, falou com exclusividade à CARAS Online sobre a elaboração de seu personagem, o fazendeiro Otávio Benaro, empresário do ramo de gado e leite, sobre o período em alto mar ao lado dos outros atores da trama, além de revelar que o amor que sente por sua família o ajudou muito nas primeiras gravações da novela.
“Na minha adolescência ia muito para fazendas de amigos, mas nada muito sério, era mais diversão. E quando fomos para essa fazenda pela novela, uma fazenda leiteira mesmo, no interior do Rio de Janeiro, em Vassouras, tive que aprender tudo sobre o processo industrial. Foi bem legal, ficamos uma semana lá”, contou.
“Durante as gravações no navio, nós também tivemos um bom tempo para preparação e ajustes dos personagens. Noventa por cento do elenco ficou quinze dias no navio e isso nos ajudou bastante para estudar, ler, discutir cena, buscando um entrosamento bacana entre a gente. Foi bem intenso mesmo, era dedicação em tempo integral. Bem parecido com os ensaios em uma peça de teatro”, acrescentou o ator, que nasceu em São Paulo.
Pavão, que é pai do pequeno Gabriel (1), fruto de seu relacionamento com Maria Elisa, viverá momentos difíceis na trama com o sequestro de seu filho e sua esposa, e, segundo ele mesmo, a dor sofrida nas gravações não poderia ter sido tão real, se não fosse o amor que sente pela sua família. “O fato de ser pai hoje, me ajuda muito a dimensionar o que sinto. Difícil quem não tem um filho dimensionar o tamanho desse amor. E isso, realmente, tem me ajudado muito”, destacou.
Quando perguntado se o Gabriel já o reconhece na televisão, ele afirmou que vai esperar até a exibição do primeiro capítulo de Máscaras para saber. “Quando ele vê uma foto minha, já sabe que sou eu. Fica falando: ‘Papa. Papa’. E amanhã, acho que vai ser engraçado, não sei o que pode passar na cabeça dele, mas acho que vai me saber que sou eu sim”, disse.
Anteriormente, Fernando demonstrou muita versatilidade ao interpretar personagens de sucesso como o bandido Khalid, da novela Poder Paralelo, e o protagonista Sansão, da minissérie Sansão e Dalila. Ao comentar sobre sua excelente fase profissional, ele declarou. “Meu pensamento é sempre esse. Trabalhei muito para chegar onde estou. A Record é uma emissora que me deu espaço para trabalhar. Só fiz novelas boas aqui e pude mostrar minhas qualidades através dos diferentes personagens que me passaram”.
Ao ser questionado em quem se espelha na profissão, ele disse buscar seu próprio caminho, apesar de ter feito questão de destacar dois atores brasileiros. “Eu admiro muito o Wagner Moura (35) e o Selton Mello (39)”, disse. Já ao falar sobre a possibilidade de ter sua carreira voltada ao cinema, ele afirmou. “Fiz um filme só na vida, que foi o Garotas do ABC. Foi minha única experiência em longas. Lamento por ser um mercado muito fechado no Brasil. Surgiram boatos que a Record pretende montar a Record filmes, vamos ver, quem sabe surjam oportunidades”.
Recentemente, alguns atores chegaram a se machucar durante gravações nos estúdios da Record, o que para ele, é um risco da profissão em cenas mais ousadas. “Também já passei por isso. Uma vez que me cortei em uma cena em que lutava com uma faca. Fui ao hospital, levei quatro pontos e logo voltei para retomar o trabalho”, disse. “Dificilmente uso dublê. Mas também é obvio que só faço essas coisas dentro do meu limite”, completou.