CARLOS ALBERTO EM PAZ COM O CORAÇÃO
Humorista retoma casamento com Andréa, mãe de seus caçulas, Maria e João
por <b>Adriana Trujillo</B> Publicado em 06/11/2008, às 15h49 - Atualizado em 11/01/2013, às 22h34
O que faz um casal se separar? Ciúmes, diferença de idade, falta de amor. No caso do humorista Carlos Alberto de Nóbrega (72) e da atriz Andréa Nóbrega (40) foi um somatório de problemas, unido ao fato de que Carlos não deixava a amada, que participa do A Praça É Nossa, programa que ele comanda há 21 anos, voar com as próprias asas. Pais dos gêmeos João Victor e Maria Fernanda (8), eles não conseguiram ficar muito tempo longe um do outro.
O amor, que já dura há 18 anos, falou mais alto e eles decidiram se reconciliar após quatro meses de afastamento. "Ele viu que estava errado e retomamos a nossa história", disse Andréa. "Minha mulher não tem idéia de quanto a amo. Sem Andréa eu não vivo", completou Carlos, pai ainda de Carlos Alberto Filho (45), Marcelo (43), Vinicius (42) e Maurício (40), e avô de seis netos.
Mais unido do que nunca, o casal abriu as portas de sua mansão em Alphaville, na Grande SP, para CARAS e, com muito bom humor, falou sobre amor, convivência, carreira e a delicada cirurgia que a atriz sofreu recentemente. "Retirei o útero e o meu marido esteve o tempo todo comigo", ressaltou ela.
- Como foi a separação?Carlos - Nossa diferença de idade é muito grande. Ela queria ter a carreira dela e eu achava um absurdo. Não aceitava que a Andréa saísse sem mim. Morria de ciúmes da minha mulher. Aluguei um apartamento, me mudei e achava que o fim era definitivo.
Andréa - Falava para ele que queria ter o meu espaço. Durante o tempo em que ele ficou longe, eu senti falta de sua presença, mas ele estava errado. Fui dura porque quero trabalhar. Segui em frente e, se ele não mudasse, talvez tivéssemos nos separado de verdade.
Carlos - Não conseguia mais dormir, me cansava nas gravações, não decorava mais os textos. Tomava calmante e não fazia efeito. Tudo isso era a falta que eu sentia dela. Comecei a pensar em tudo o que estava acontecendo.
- E como foi a volta?Carlos - Ela me ligou e disse para eu me cuidar, senão eu ia acabar tendo um enfarte. Tive um pesadelo com isso. Acordei, fiz ginástica e meu coração começou a disparar. Fui para o hospital e não queria que ela soubesse. O motorista me levou e eu tive que ficar internado. Ela descobriu que eu estava lá e apareceu, linda, com este sorriso que eu tanto amo. Ia pedir para o meu filho Marcelo dormir comigo no hospital. A Andréa disse que ficaria comigo.
Andréa - Conversamos e ele reconheceu que estava errado. No dia seguinte, já voltou para casa. Eu gosto do Carlos. Por teimosia ele estava jogando fora 18 anos de união pela janela.
Carlos - A Andréa não acredita no amor que eu tenho por ela. Ela é a mulher da minha vida.
- Como está o recomeço?Carlos - Ótimo. Nossa relação passa por um momento saudável.
Andréa - Estamos namorando outra vez, e sem cobranças. Dormimos abraçadinhos.
- E as crianças, como lidaram com isso tudo?Andréa - Nós nunca escondemos nada deles. Nossos filhos ficaram muito felizes com a volta do pai para casa.
Carlos - Meus caçulas foram a melhor coisa que eu fiz na vida. Um presente que Deus me deu. Mas confesso que não queria mais filhos antes de tê-los. Meus pais morreram de câncer. Quando fiz 61 anos, tive câncer na próstata. Pensava que ia morrer logo, aos 63 anos, e não queria deixar a Andréa sozinha. Ela me pressionava, me dizia que iria ficar sem ninguém na vida. Balancei e decidimos procurar o médico especialista em reprodução humana, Roger Abdelmassih. A Maria Fernanda e o João Victor me fizeram reviver quando só pensava em morrer.
- O que gostam um no outro?Carlos - Sou apaixonado por essa mulher. Ela é a mulher da minha vida. Encontrei nela tudo o que eu sonhei um dia.
Andréa - Amo o jeito dele. Gosto de homem maduro. Só não gostava da cabeça dele. Ele é o homem que eu escolhi para viver comigo. Meu ombro, meu escudo. Não consigo ficar sem ele. Quero o Carlos ao meu lado sempre.
- E os planos para o futuro?Carlos - Meu futuro é agora. Não posso pedir mais nada na vida. Vamos torcer para acertar desta vez. Há coisas que eu não aceito e não entendo. Se dependesse de mim, ela não saía de casa. Isso é horrível, mas eu queria a Andréa só para mim. Mas entendo que ela quer ter a carreira dela. Ela vai voltar ao programa e fará desfiles.
- Como será essa volta?Carlos - Ela continuará com o personagem da nova rica. Vamos fazer uma gozação, é claro. Será divertido e engraçado.
- Têm mais projetos juntos?Carlos - Escrevi duas peças de teatro e vou mostrar para ela ver se gosta. Ela vai escolher um texto para interpretar. Vou dirigi-la e talvez também atue como ator.
Andréa - Além disso, gravei o piloto de um programa, no qual cinco mulheres batem papo sobre um tema. Quero ser apresentadora de TV. Pretendo continuar na parte cômica, fazendo A Praça é Nossa. Apesar de achar que dá nervoso sentar naquele banco ao lado do Carlos. Ele é muito exigente.
- Como é a rotina na casa?
Carlos - Sou muito caseiro. Vou de casa para o trabalho e viceversa. Acordo cedo, faço os meus exercícios com o personal trainer, depois tomo banho e vou trabalhar. Fazemos questão de tomar o café da manhã todos juntos. As crianças têm seus quartinhos, decorados do jeitinho que eles escolheram. A Andréa cuidou de tudo. Não dei palpite em nada na decoração da casa. Colocamos uma cama elástica no jardim e construímos uma casa de bonecas em tamanho natural para a Maria Fernanda. Além disso, a casa vive cheia. Nos fins de semana, viajamos para o meu sítio em Sorocaba, interior de São Paulo. A Andréa não gosta muito de lá. (risos)
Andréa - Sou urbana. Gosto de sítio, o que eu não curto é ficar indo o tempo todo ao galinheiro, como o Carlos faz (risos). Vejo meus cachorros e os cavalos, apesar de ter medo de montar.
- Andréa, como foi a cirurgia?
- Foi um susto enorme. Há três anos retirei um tumor benigno do útero e fazia sempre acompanhamento com o ginecologista. Senti uma dor terrível e fui internada para a retirada do útero. Agora, estou bem. Carlos ficou arrasado com a operação e ficou o tempo todo ao meu lado, preocupado.