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Bruno Senna relata "pressão" do sobrenome e como lida com as críticas

Sobrinho do ídolo Ayrton Senna, o piloto da F1 inspira ambiente na Casa Cor

Redação Publicado em 24/07/2012, às 13h03 - Atualizado em 27/07/2012, às 23h31

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O paulistano fala com exclusividade à CARAS sobre suas expectativas nas pistas. - Marcela Beltrão/Milenar
O paulistano fala com exclusividade à CARAS sobre suas expectativas nas pistas. - Marcela Beltrão/Milenar

Promessa do esporte brasileiro, Bruno Senna (28) segue os passos do tio, o ídolo do automobilismo Ayrton Senna (1960- 1994), rumo ao sucesso nas pistas da Fórmula 1. “Chegar à F1 era a minha meta inicial e me orgulho de chegar aqui, mas busco muito mais”, avisa o piloto, que estreou na categoria em 2010, em uma equipe iniciante, fez algumas corridas no ano seguinte, mas nesta temporada tem tido maior destaque. “Estou aprendendo mais a cada dia e para o sonho ficar completo quero ganhar corridas e disputar títulos”, diz ele, que ocupa a 16ª posição no campeonato, com 18 pontos.

Sem se importar com as frequentes comparações com Ayrton, Bruno luta para garantir seu lugar na história do automobilismo. “Se você vai bem em uma corrida, todos vão elogiar. Se não for, pode esperar críticas e cobranças. Isso faz parte da vida do piloto”, diz ele, que corre pela Williams, última escuderia de Ayrton. “Isso é uma dessas coincidências da vida, mas, independentemente da história familiar, ser piloto de uma equipe com uma tradição tão vitoriosa é uma honra”, ressalta Bruno, que namora a inglesa Charlotte-Elizabeth Evans e na última semana recebeu o Troféu Lorenzo Bandini, na Itália, prêmio concedido a pilotos com destaque no início da carreira, como Michael Schumacher (43), Fernando Alonso (30), Felipe Massa (31), Lewis Hamilton (27) e Sebastian Vettel (25).

Determinado e ativo dentro e fora das pistas, Bruno foi uma das personalidades homenageadas com um ambiente na 26a edição da Casa Cor, em SP. “Achei o projeto muito legal. As linhas ‘limpas’ e modernas refletem exatamente o meu gosto, e o conceito do banheiro de vidro junto ao ambiente também me agradou”, elogiou o corredor, que emprestou sua bicicleta, capacete e macacão para tornar o espaço ainda mais pessoal. “Pensei em algo que atendesse às necessidades de um jovem dinâmico como o Bruno. O resultado foi bem contemporâneo”, explica o arquiteto Allan Malouf (41), que há sete anos mantém escritório também em Los Angeles.

– O que achou do espaço dedicado a você na Casa Cor?

– Achei bem legal. Tudo ficou muito espaçoso, mas sem parecer impessoal. Vivo longe do Brasil há oito anos e moro sozinho... Então, me interesso por coisas de casa. Por exemplo, na minha não pode faltar um bom home theater e um sofá confortável. Quando tenho chance, passo bastante tempo ouvindo música e assistindo a filmes. É como aproveito meus momentos de descanso.

– Como você avalia sua atuação nesta temporada da F1?

– Estou evoluindo e a tendência é continuar pontuando com regularidade, se o desenvolvimento do nosso carro continuar em um ritmo bom como agora.

– Ainda sente o peso do sobrenome de um ídolo mundial?

– Já estou acostumado. A pressão do nome existe, principalmente por parte de quem só vê as coisas de longe, mas ninguém me cobra mais que eu mesmo. Sou o primeiro a batalhar para que tudo aconteça da melhor maneira.

– Como você enxerga o piloto e ídolo Ayrton Senna?

– Meu tio é uma enorme inspiração para mim. Ele não media esforços para atingir seus objetivos, tinha um espírito jovem e apaixonado, além de muita obstinação. Temos isso na família. Admiro demais o trabalho que minha mãe, Viviane Senna, desenvolve à frente do Instituto Ayrton Senna, o grande legado do meu tio. 

– Qual foi a reação da sua família quando você anunciou que queria ser piloto?

– Todos ficaram surpresos, porque ninguém imaginava que esse era o meu sonho. Depois da morte do meu tio, até os treinos de kart na fazenda da família acabei deixando de lado. Meu avô foi quem levou mais tempo para se acostumar à ideia, mas a minha mãe logo passou da incredulidade ao apoio incondicional.

– Lida bem com as críticas?

– Elas sempre vão existir. Se você vai bem em uma corrida todos vão elogiar, mas se não for pode esperar que vem críticas e cobranças. E isso vale para todos os pilotos, não apenas para mim.

– Você mantém algum ritual antes das corridas?

– Não tenho superstições nem manias, a única coisa que faço sempre é uma oração.

– Mantém uma rotina especial de exercícios?

– Adoro andar de bicicleta e sinto não ter tempo para praticar mais, principalmente quando estou em Mônaco, que é minha base atualmente. Sigo uma rotina de exercícios variada. Tudo depende da minha agenda, mas, quando posso, procuro malhar em dois períodos, alternando exercícios específicos com esteira e natação.

– Como você é longe das pistas de F1?

– Sou tranquilo e bastante caseiro. Nos raros momentos de folga o que gosto mesmo é de ficar em casa jogado no sofá. (risos) 

– Como você lida com o assédio feminino?

– Levo numa boa. Na verdade, existe certo exagero em relação a esse tema. Mas lido da mesma forma como administro o assédio de fãs em busca de autógrafos e fotos. Atender a todos com respeito é obrigação de quem desempenha uma função pública.