Britto Jr., apresentador de 'A Fazenda', reality show de sucesso da Record, fala dos resultados da audiência do programa, que define como uma experiência inigualável
<i>Thaís Arbex</i><br><br> Publicado em 26/08/2009, às 20h59 - Atualizado em 04/09/2009, às 09h59
Uma experiência intensa, única e inigualável. Uma marca não só para o currículo, mas também para a memória e para a sua história. É assim que Britto Jr. define sua participação em A Fazenda, reality show da Record que terminou no domingo, 23, com a vitória de Dado Dolabella e primeiro lugar na audiência. Quando foi convidado para comandar a nova aposta da emissora, o jornalista, que até então comandava o matinal Hoje em Dia ao lado de Ana Hickmann, Edu Guedes e Chris Flores, chegou a se questionar se daria conta do recado. "Mas não foi preciso mais do que aquela conversa, que durou duas horas, para eu ter a certeza de que seria algo muito bom para mim e para minha carreira", revelou Britto ao Portal CARAS.
Confirmado para a segunda edição de A Fazenda, com previsão de estreia para novembro deste ano, Britto, além de comemorar o sucesso do primeiro programa, vai aproveitar os meses longe da televisão para viajar e passear com a família. "Foram três meses intensos, de trabalho ininterrupto. Agora vou aproveitar para descansar com a minha mulher (a publicitária Fernanda Fernandes) e com o meu filho (Arthur, de 4 anos)."
Confira abaixo a entrevista exclusiva:
- A Fazenda terminou com 21 pontos em média de audiência e pico de 31. Como tem sido os dias após o reality show? Como você tem recebido o sucesso do programa?
- Tem sido esplêndido e magnífico. Desde o começo, toda a equipe do programa sabia que poderíamos alcançar o sucesso, como de fato alcançou. Mas também tínhamos plena consciência de que o trabalho seria muito intenso. O reality show é divertido para quem vê, mas é muito sério para quem faz. Sabemos que vencemos uma das batalhas de uma guerra sem fim. Guerra, no bom sentindo. Mas agora é hora de comemorar.
- Quais são os seus planos agora?
- Foram três meses intensos, de trabalho ininterrupto. Agora vou fazer a minha festa com a minha família. Quero viajar com a minha mulher Fernanda e com o meu Arthur. Quero passear, ir ao cinema e descansar bastante.
- Você conseguiria dizer o que A Fazenda significou na sua vida?
- Tenho que confessar que sou um cara sensível. Sou muito honesto e franco em tudo que faço. E também carrego um pouco de ingenuidade. Coloquei tudo isso e todos os meus valores dentro do programa. Foi uma experiência carregada de emoção. Eu vivi cada um daqueles dias com todos os meus sentimentos. Não era raro eu me pegar chorando ou rindo enquanto acompanhava o programa. Foi uma experiência única e inigualável. Vai ficar marcada não só no meu currículo, mas também na minha memória e na minha história.
- Qual foi a sua reação quando foi convidado para a apresentar A Fazenda? Tinha preconceito em relação a reality shows?
- Preconceito de maneira nenhuma. Na verdade, levei um susto quando recebi o convite. Até fiquei meio receoso, mas não foi preciso mais do que aquela conversa, que durou duas horas, para eu ter a certeza de que seria algo muito bom para mim e para a minha carreira. Quando conheci o Rodrigo Carelli, o diretor do programa, me senti ainda mais seguro porque ele é um profissional muito sério e muito exigente.
- Durante o programa, surgiram muitas críticas em relação ao seu trabalho. Como você lidou com isso?
- É claro que todo mundo prefere ser elogiado, mas as críticas fazem parte do nosso trabalho. Quanto maior o voo, maior o volume de críticas. Mas eu sempre estive muito bem amparado, não só pelas orientações do diretor e todos da equipe do programa, mas também pelos conselhos do meu pai, que também é jornalista (Hilton Britto, de 72 anos). E com o apoio de todos, aceitei as críticas com muita tranquilidade. O papel do crítico é criticar. Aprendi com alguns deles, para os quais eu dava a minha atenção. Não são muitos, mas não é meu papel criticar o trabalho deles. Temos que ler e ponderar, separar o joio do trigo.
- Por ser uma experiência nova, tiveram momentos difíceis?
- A primeira foi a mais complicada porque vivi todas as possíveis situações do programa, desde apresentar a eliminar um dos participantes. Cada dia daquela semana, senti e vivi emoções diferentes. Mas me segurei na minha capacidade de concentração e nas orientações do Carelli e da equipe.
- Você se inspirou em alguém para apresentar A Fazenda?
- Eu procurei não me inspirar em nenhuma pessoa para não ficar condicionado. É claro que assisti a alguns programas para saber como funcionava a lógica de um reality show. Mas não os peguei como padrão. Até porque todos sabíamos que comparações sempre iriam existir. Fui o mais sincero e transparente possível. Minha intuição era a minha maior inspiração.
- Para quem você estava torcendo?
- Do fundo do meu coração, não torcia para ninguém. Minha maior torcida era para que aqueles 14 participantes ganhassem com a experiência de estarem ali. Além disso, eu queria que eles saíssem do programa conhecidos pelo Brasil inteiro. A maior gratificação é ver que agora o país inteiro sabe quem são os 14 participantes de A Fazenda.
- Mas foi possível se envolver tanto com o programa e, ao mesmo tempo, manter esse distanciamento de não torcer por nenhum deles?
- Eu me deparei, sim, com todas as emoções. Mas também sabia que estava diante de um jogo. Comecei a perceber como cada um jogava. Saquei que, de repente, os mais sinceros e transparentes talvez não tivessem tantas chances no jogo. Quando começaram as confusões com o Theo Becker, por exemplo, até cheguei a me perguntar se ele era mesmo uma pessoa tão estourada como mostrada. Aqui fora, percebi que não, que ele escolheu aquele jeito para jogar, mas não foi o caminho certo.
- Quais são os planos para o futuro?
- Além de comemorar e aproveitar o descanso com a minha família, devo participar de mais alguns programas da Record que estão fazendo a repercussão de A Fazenda. E, em novembro, volto para apresentar a segunda edição do programa.
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