Atriz, que visitou país antes do terremoto, se comove e ressalta necessidade de apoio ao povo
Redação Publicado em 08/03/2010, às 12h40 - Atualizado em 11/03/2010, às 12h30
O terremoto de 8,8 graus na escala Richter, que atingiu o Chile no dia 27 de fevereiro e deixou mais de 800 mortos, causou grande comoção em Juliana Alves (27). Preocupada com a situação do país em que esteve recentemente, a atriz fez um alerta pela solidariedade. "Não vale a pena ficarmos fechados em nosso mundinho. Nós estamos todos juntos, temos sempre que ajudar e pensar no próximo", afirmou ela, lembrando-se da sua visita à capital, Santiago. "Achei a cidade muito organizada e bem conservada, me senti acolhida e querida pelo povo de lá, nossos irmãos sul-americanos. Essa tragédia me fez pensar sobre a vida, como tudo é efêmero e muitas vezes não depende da nossa vontade", refletiu ela, que faz orações pedindo tranquilidade aos chilenos.
- O que você sentiu ao ver a cidade após a tragédia?
- Fiquei chocada e impressionada. Muitos lugares pelos quais passei ficaram totalmente destruídos. Não apenas materialmente, mas é uma parte da cultura que vai junto. É curioso que, quando estive lá, reparei que os prédios tinham a parte de cima mais estreita e perguntei se o motivo era estético. Me disseram que não. A explicação é a de que, segundo estudos, construções desse tipo são mais resistentes a terremotos. O Chile já sofreu muito com isso e eles são preparados, mas esse foi realmente muito forte. O que reparei também é que as pessoas não viviam com medo de que isso acontecesse. Eu me senti muito segura lá.
- Na tragédia do Haiti, vimos que a mobilização por parte da classe artística foi muito grande. Você acha fundamental esse tipo de apelo às causas sociais?
- Com certeza. Tenho plena noção de que não sou artista apenas para exercer a função de atuar. Precisamos utilizar nossa notoriedade pública em prol de outros bens, como chamar a atenção para os problemas que acontecem mundo afora. Temos de pensar em formas de amenizar o sofrimento e conscientizar o resto das pessoas a apoiar uma causa importante.
- Como o povo chileno a recebeu em sua visita a Santiago?
- Eles assistem à TV Globo de lá e acompanham nossas novelas. Logo que cheguei ao aeroporto, já me reconheceram. Começaram a me chamar de Gislaine, minha personagem na novela Duas Caras, que terminou há dois anos. E Caminho das Índias também virou sucesso por lá. Assim, pude perceber a abrangência do meu trabalho e como sou querida pelos chilenos. Realmente, conhecer o país foi uma experiência muito boa. É um lugar que me encantou e me atraiu, inclusive para morar. Fiquei muito triste com tudo que aconteceu e peço a Deus que dê calma ao povo para que tudo se normalize.
- Após Caminho das Índias, você entrou de férias. Já tem novos projetos engatilhados?
- Renovei o contrato com a Globo e devo estar em alguma próxima novela, mas não posso falar ainda. Agora, estou fazendo um curso que me tem aberto fronteiras criativas e culturais. Tenho ainda aulas de expressão corporal com Ana Kfouri, de texto com Carlos Gregório e de interpretação com Renato Farias. Também faço leituras de textos teatrais.
- Você acabou de mudar para apartamento novo no Rio. Pensa em morar com o namorado, o ator global Guilherme Duarte?
- Gostamos de estar juntos, mas não quero pular etapas. Namoramos há dois anos, o Guilherme fica bastante na minha casa, mas respeita minha opinião e concorda que tudo tem que ser feito na sua hora, até para a gente não se acomodar. E o casamento é um sonho meu, quero celebrar em cerimônia bonita, digna do que sentimos. Meu romantismo tem a ver com o sonho de construir uma família.
- Já pensa na maternidade...
- Quero três filhos. Acho que vou ser uma mãe zelosa, atenta e carinhosa, mas bastante rígida. Acho que o rigor é parte do amor. Por enquanto, faço estágio com minhas sobrinhas, Lara e Ísis, e minhas irmãs mais novas, Íris e Nina, por parte de pai. Mas não tenho pressa. Uma coisa de cada vez. E primeiro o casamento.
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